quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

7ª Amostra Pedagógica da Escola João de Fontes Rangel




No último dia 16 e 17 de novembro a Escola Municipal de Ensino Fundamental João de Fontes Rangel no município de Tenório - PB, realizou a 7ª Amostra Pedagógica, evente esse que é realizado a cada ano. A abertura do evento aconteceu na terça-feira a noite no ginásio o Cordeirão com a presença de várias autoridades locais e do Secretário de Educação Vanildo Batista que falou da importância da Escola para o município de Tenório - PB e seu pionerismo em fazer a ponte entre as várias áreas do conhecimento científico com a situação didática pedagógica logo em seguida a Diretora Ana Nery Batista agradeceu a todos os professores e alunos e todos os funcionários que contribuiram para a realização do evento depois houve a apresentações de grupos de danças e artes formadas pelos a alunos da Escola e se estendeu durante toda a quarta-feira dia 17 na Escola João de Fontes com trabalhos desenvolvidos pelos professores e alunos. O evento apresentado a comunidade local apresenta várias atrações como temas divididos por disciplinas e envolve todas as áreas do conhecimento científico e pedagógico.

Vanildo Batista
Sec.edu de Tenório -PB

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Notícias de Geopolíticas

Previsão Internacional avalia mercado militar na América Latina


Os gastos com a defesa na América Latina deverá crescer de aproximadamente $ 63 bilhões em 2011 para mais de US $ 65 bilhões até 2014, de acordo com a Previsão Internacional no relatório "O Mercado Militar para a América Latina". Embora estes números parecem otimistas, em geral, apenas cerca de 20% de um orçamento militar pode realmente estar disponível para aquisições, com o resto destinado a salários e seguro social, por vezes, ou fundos de pensões.

Tradicionalmente, as vendas de armas para a América Latina tem sido sujeita as condições econômicas, mas a região tem finalmente mostrado estabilidade através da mais recente recessão global. Assim, as perspectivas para o mercado de defesa estão mostrando melhora.

Os conflitos internos continuam a ser o principal impulsionador do mercado latino-americano de armas. A região como um todo enfrenta ameaça externa mínima, grupos armados de guerrilha representam o verdadeiro perigo para a estabilidade regional. No entanto, muitos desses grupos guerrilheiros caseiros não estão mais contidos dentro dos confins de sua própria nação e continuam a aumentar na militância.

"Como a violência transpõe as fronteiras, os governos da América Latina devem empurrar para o reforço das capacidades militares", disse Barrett. "É este conflito interno que está impulsionando a modernização da força, há muito esperada para a região."

No entanto, a necessidade de revitalizar as estruturas das forças armadas é crescente. Até agora, o Chile é o único país da região a realmente obter sucesso neste esforço. Embora a nação está se fechando no final do seu ciclo de compras, o Brasil está se tornando rapidamente o que classificam como o próximo grande mercado de vendas na região. Buscando reforçar a sua posição como uma superpotência global, o Brasil precisa modernizar suas forças armadas que se encontram quase que totalmente defasadas. Entre proteger os seus vastos campos de petróleo e da Amazônia ricas em recursos, o Brasil deve contar com sua força militar para proteger sua soberania nacional e garantir a sua riqueza.

A Venezuela continua sendo outra perspectiva de destaque, mas deve ser notado que a maioria das armas da Venezuela terá de ser financiada. A Rússia tem inegavelmente dominado o mercado venezuelano, recentemente, com vendas chegando a 6,6 bilhões dólares se todos os contratos em curso forem concluidos.

"A Rússia está fazendo de tudo para a dominação do mercado latino-americano de armas e foi bem sucedido devido às opções de financiamento flexíveis e ampla gama de equipamentos oferecidos a preços razoáveis", disse Barrett. "Além de Venezuela, Argentina e Peru também estão emergindo como compradores da Rússia."

Embora cada país tenha um único conjunto de necessidades, de acordo com Barrett, "quase todos os países latino-americanos estão com a necessidade de obter maior vigilância e capacidades de interdição, seja por terra, ar, mar ou operações conjuntas." Principalmente operações nas selvas densas e locais remotos da América Latina, a guerrilha e grupos terroristas enfrentam a interferência nominal dos militares, devido à falta de vigilância adequada. Até que essas necessidades sejam abordadas, a região continuará a ser refém de sua própria situação de segurança interna.

Fonte: Defense & Professional
Tradução e adaptação: Angelo D. Nicolaci

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Lula diz que decisão de compra de 36 caças de combate é de Dilma


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta segunda-feira que vai deixar para sua sucessora, Dilma Rousseff, a licitação para a compra de 36 aviões de combate da qual participam empresas da França, EUA e Suécia.

"É uma dívida muito grande, de longo prazo. Não posso assinar uma dívida tão grande para o próximo Governo", disse Lula em entrevista ao canal "TV Brasil".

Lula comentou que poderia "assinar um acordo com a França" se quisesse e sem pedir permissão a ninguém, até o dia 1º de janeiro, quando cederá o poder a Dilma, mas reiterou que a decisão já não cabe a ele.

O governante, que manifestou em várias ocasiões sua preferência pelo Rafale, fabricado pela empresa francesa Dassault, lembrou que antes de tomar uma decisão, é necessário esperar à sentença que será emitida pelo Conselho Nacional de Defesa.

Junto à aeronave francesa, participam da licitação o Gripen, da empresa sueca Saab, e o Super Hornet F/A-18, da americana Boeing.

A Força Aérea recomendou ao Governo a compra dos aviões franceses, que de acordo com as palavras do ministro da Defesa, Nelson Jobim, são os que "melhor se adaptam" às necessidades do país.

A França é um parceiro privilegiado do Brasil na área de defesa e em 2008 assinou contratos para vender ao país cinco submarinos, um deles de propulsão nuclear, e 50 helicópteros.

Para decidir o ganhador da milionária licitação, o Governo brasileiro vai levar em conta o preço dos aparatos, a transferência de tecnologia e a cessão de direitos de venda para outros países sul-americanos.

O Brasil pretende encaixar os aviões em suas próprias fábricas para abastecer a Força Aérea e exportar para outros países da região.

O anúncio de Lula coincidiu com o aviso do ministro da Fazenda, Guido Mantega, de que o novo Governo vai aplicar um plano de austeridade, com cortes de gastos públicos em todos os ministérios, o que afetará inclusive o da Defesa.

O objetivo do corte de gastos é a diminuição do déficit e o equilíbrio das contas públicas, o que permitiria uma diminuição gradual das taxas de juros.

Fonte: EFE

Nota do Blog: Mais uma vez lavam as mãos e a nossa aviação de caça fica na incerteza, pois pelo que se prevê haverá cortes vultosos nos orçamentos das Forças Armadas Brasileiras, espero eu que isso não atinja os programas de reequipamento tão vitais a nossas FA´s, e como se diriam no filme "Tropa de Elite": - O problema agora é da aspira Dilma, ela que dê um jeito...rsrsrs
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Argentina "reconhece a Palestina como Estado livre e independente"



A Argentina anunciou nesta segunda-feira, após o Brasil, que ela reconhecia a Palestina como "um Estado livre e independente, dentro das fronteiras de 1967", uma decisão que Israel considerou "lamentável".

O Uruguai, parceiro dos dois pesos pesados da América do Sul, declarou, também, em seguida, que tinha a intenção de fazê-lo, em 2011.

A presidente Cristina Kirchner enviou nota a seu par palestino, Mahmoud Abbas, para comunicar a decisão: o "reconhecimento da Palestina como um Estado livre e independente no interior das fronteiras de 1967", disse nesta segunda-feira o chefe da diplomacia, Hector Timerman.

O Brasil havia tomado na sexta-feira uma iniciativa idêntica.

O porta-voz do ministério israelense das Relações Exteriores, Yigal Palmor, considerou que "a determinação em nada ajudará a mudar a situação entre Israel e os palestinos".

Segundo Palmor, "é uma declaração decepcionante que vai contra o espírito dos acordos entre Israel e os palestinos, e contra as negociações de paz".

Disse também que, "se a Argentina quisesse fazer uma verdadeira contribuição à paz, deveria optar por outros meios, diferentes de um gesto de pura retórica".

O ministério israelense das Relações Exteriores havia igualmente expressado sábado "decepção" com a iniciativa brasileira.

"Qualquer tentativa de contornar" as negociações israelense-palestinas e "qualquer decisão unilateral" não podem senão "golpear a confiança e os compromissos tomados de negociar de forma conveniente para chegar à paz", havia declarado ele.

"O governo argentino partilha com os parceiros do Mercosul, Brasil e Uruguai, (o ponto de vista) de que é chegado o momento de reconhecer a Palestina como Estado livre e independente", segundo declaração do Ministério das Relações Exteriores, lida por Timerman.

"Apesar dos esforços realizados, os objetivos fixados pela Conferência de paz de Madri em 1991 e os Acordos de Oslo, em 1993, não foram atingidos, o que é fonte de profunda frustração", prosseguiu.

A Argentina, onde a comunidade judaica é calculada em 220.000 membros, mostra, "através desta decisão, seu profundo interesse em ver produzir um avanço definitivo no processo de negociação que leve ao estabelecimento de uma paz 'justa e durável no Oriente Médio", disse ainda Timerman.

O embaixador palestino na Argentina, reagiu imediatamente, falando de "dia de alegria e entusiasmo".

"Reconhecer o Estado palestino é uma reação não violenta que a comunidade internacional deve ter, em resposta à expansão e à construção permanente de colônias israelenses em território palestino que põem em perigo a solução basseada em dois Estados", acrescentou.

O governo palestino "espera que outros países da região se pronunciem de forma semelhante", destacou o embaixador.

O Uruguai reconhecerá a Palestina como Estado em 2011, disse nesta segunda-feira à AFP o vice-ministro das Relações Exteriores do país, Roberto Conde, após os anúncios do Brasil e da Argentina.

"Estamos trabalhando na possibilidade de abrir representação diplomática na Palestina, certamente em Ramallah", afirmou Conde. "Já comunicamos nossa intenção à Autoridade Palestina, que nos visitou em duas ocasiões no decorrer de 2010".

Segundo o vice-chanceler, "é uma política coerente com o programa de governo" da Frente Ampla (FA, esquerda), "que definiu a necessidade de reconhecimento da Autoridade Palestina e a abertura de uma representação nossa".

Em abril deste ano, o governo uruguaio e a Autoridade Nacional Palestina formalizaram "relações de amizade entre as partes".

Em carta publicada na sexta-feira pelo ministério brasileiro das Relações Exteriores, o presidente Luiz Inacio Lula da Silva havia informado Abbas que o Brasil reconhecia um Estado palestino com as "fronteires de 1967", isto é, nas linhas do armistício de 1949.

Durante a Guerra dos Seis Dias, em junho de 1967, Israel ocupara Jerusalém Oriental e a Cisjordânia, bem como as colinas sírias do Golan, a Faixa de Gaza e o Sinai egípcio. O Estado hebreu retirou-se do Sinai em 1982 e, da Faixa de Gaza, em 2005.


Israel lamenta a decisão argentina de reconhecer a Palestina

Israel considerou "lamentável" a decisão da Argentina de reconhecer a Palestina como "um Estado livre e independente, nas fronteiras de 1967", declarou nesta segunda-feira o porta-voz do ministério israelense das Relações Exteriores, Yigal Palmor.

"Esta lamentável decisão em nada ajudará a mudar a situação entre Israel e os palestinos", afirmou.

Segundo Palmor, "é uma declaração decepcionante que vai contra o espírito dos acordos entre Israel e os palestinos, e contra as negociações de paz".

Disse também que, "se a Argentina quisesse fazer uma verdadeira contribuição à paz, há outros meios, diferentes de um gesto de pura retórica".

Fonte: AFP
Nota do Blog: Vale ressaltar que o reconhecimento do Estado Palestino pela Argentina se deu após a postura do Brasil reconhecer tal Estado e seguindo a mesma orientação adotada pelo Brasil ao reconhecer as fronteiras de 1967, um claro sinal d influência brasileira junto aos seus vizinhos. Em breve outros Estados sulamericanos irão seguir a postura brasileira e reconhecer o Estado Palestino, dando assim fôlego aos Palestinos para requerer junto a ONU uma saída a crise com Israel e controle de seus territórios, bem como o devido reconhecimento como Estado pelos demais países.
Já Israel não tem gostado nada da postura adotada pró Palestina, pois com isso eles veem que seu domínio sobre tais territórios irá findar a qualquer momento, tendo de respeitar as decisões que sejam impostas pela ONU ou então sofrer com sanções, o que ao meu ver é quase que fora de questão devido influência que Israel exerce sobre os EUA e outros países europeus, mas vamos ver como se desenrola tais fatos.
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EUA e aliados querem ajuda de China e Rússia em crise coreana


Estados Unidos, Japão e Coreia do Sul pressionaram China e Rússia nesta segunda-feira a ajudarem a resolver as tensões na península da Coreia, enquanto o presidente chinês, Hu Jintao, alertava seu colega americano, Barack Obama, para o risco de a situação "sair do controle."

Numa demonstração de apoio a Seul depois do bombardeio norte-coreano a uma ilha da Coreia do Sul, em 23 de novembro, o almirante Mike Mullen, chefe do Estado-Maior dos EUA, embarcará nesta noite para uma reunião com autoridades sul-coreanas.

Em Washington, a secretária de Estado Hillary Clinton abriu o que disse ser uma reunião "histórica" com os chanceleres do Japão e da Coreia do Sul, e disse que os três países compartilham graves preocupações com "os ataques provocativos da Coreia do Norte."

"Estamos comprometidos com os nossos parceiros e estamos comprometidos com a preservação da paz e da estabilidade no Nordeste da Ásia e na península coreana," disse Hillary.

O chanceler japonês, Seiji Maehara, disse, em comentários ecoados por seu colega sul-coreano, Kim Sung-hwan, que os três países esperam mais cooperação por parte de Pequim e Moscou, que não parecem tão dispostos a endurecer com Pyongyang.

"Vamos transformar esta reunião em uma que irá obter o firme envolvimento da China e da Rússia nos nossos esforços," disse Maehara.

CHINA

A China não foi convidada para a reunião tripartite em Washington. Mas o trio deveria discutir uma proposta chinesa para a convocação de uma reunião regional de emergência sobre a crise.

A Casa Branca disse que Obama, em conversa por telefone com Hu, pediu a Pequim que colabore com os EUA e com outros governos para "enviar uma mensagem clara à Coreia do Norte de que suas provocações são inaceitáveis."

A conversa entre Obama e Hu ocorreu no mesmo dia em que a Coreia do Sul iniciou exercícios navais com munição real, e 13 dias após o bombardeio norte-coreano à ilha de Yeonpyeong.

"Especialmente com a presente situação, se não for tratada adequadamente, as tensões podem crescer na península da Coreia e escapar ao controle, o que não seria do interesse de ninguém," afirmou Hu, segundo nota da chancelaria chinesa.

Hu disse que a China "lamenta profundamente" as mortes no incidente, mas Pequim evitou citar culpados. "Precisamos atenuar (as tensões), não agravá-las; diálogo, não confronto; paz, não guerra," disse Hu a Obama.

Fonte: Reuters

Brasil receberá últimos Mi-35M em 2011.


O contrato de fornecimento de helicópteros de ataque Mi-35M ao Brasil será concluído em 2011, a informação é da Interfax citando o serviço de imprensa da companhia russa. Como esperado, o último lote de helicópteros russos serão transferidos para o Brasil até o final de 2011. Até à data, o cliente recebeu seis helicópteros Mil Mi-35M.

O Brasil comprou 12 Mi-35M em 2008. A operação atingiu a cifra de $ 150 milhões. O contrato com a Russian Helicopters foi assinado através de licitação realizada pela Força Aérea Brasileira em 2007. A competição contou com a italiana AgustaWestland concorrendo com seu A-129 Mangusta, a Eurcopter com EC665 Tiger e a Rosoboronexport com o Mi-35M. Na fase final competiam os helicópteros russos e italianos, mas a escolha brasileira foi o Mi-35M.

O Mi-35M russo é a versão de exportação do Mi-24, capaz de atingir velocidades de até 340 Km/H, e sua autonomia de vôo é de cerca de 1.000 km. O helicóptero pode transportar uma carga de combate de até 900 kg em oito pontos duros. Mi-35M é concebido para combater veículos blindados,prover apoio de fogo para as unidades de terra, desembarque de tropas e de carga. Trata-se de uma aeronave impar em sua categoria.

Por nosso correspondente R. Bogaudinov direto da Rússia
Tradução: Angelo D. Nicolaci

GeoPolítica Brasil / Plano Brasil

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Exército tem plano para todo o Brasil


A experiência dos militares brasileiros no Haiti será crucial ao trabalho que o exército fará nos Complexos do Alemão e da Penha, no Rio. Com base no que as tropas vivenciam e nas informações do setor de inteligência, o exército montou um plano de ação para todos os Estados brasileiros. Se forem acionados, saberão o que fazer e como fazer.

É o que dizem dois ex-comandantes de tropa no Haiti, o general Augusto Heleno e o coronel da reserva Barroso Magno. "O exército tem um plano de atuação para apoio ao governo do Estado do Rio e a todos os Estados. Chama-se Plano de Segurança Integrada e é realizado para a contingência da Constituição, nas situações de Garantia da Lei e da Ordem", explica Magno, comandante do 6.º contingente brasileiro na Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti (Minustah).

De acordo com o coronel, responsável pela pacificação de uma das favelas mais violentas do país caribenho, a Cité Soleil, o exército atualiza as informações do plano anualmente.

Com a experiência de quem foi o primeiro militar a comandar as tropas brasileiras na Minustah, o general Heleno é enfático em observar que a pacificação do Haiti só aconteceu depois que os militares entenderam que era preciso fixar bases dentro das favelas. Chamadas de Ponto Forte, delas partiam as ações de combate e também as ações de cidadania, uma estrutura muito parecida como as Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) no Rio.

"Nós entrávamos, combatíamos e saíamos. Eram combates muito violentos e com muita resistência. Com o tempo, fomos entendendo que era preciso fixar bases, que chamávamos de Ponto Forte, assim como são as UPPs. Delas partiam as ações militares e as ações de governo. A ocupação por si não é o bastante para mudar o local, sobretudo para ganhar o apoio da população. É preciso trazer serviços de saúde, lazer, saneamento."

Com exército e governo do Estado alinhados quanto às formas de se combater o poder do tráfico nas cidades, é preciso definir quem comanda as operações. "Vamos precisar definir a área de atuação, definir a missão, buscar amparo legal para as ações típicas de polícia, porque nós não temos poder de polícia. Tem de arranjar uma maneira de outorgar esse poder de polícia à tropa", disse o general.

Aplausos. Calejados na execução da Garantia da Lei e da Ordem, Heleno e Magno aplaudiram a decisão do exército em apoiar as ações no Rio. Os dois, no entanto, apontam para a necessidade de se reestruturar a forma política das próximas ações. "O exército é um vetor da sociedade que não pode deixar de participar de uma situação extrema de defesa da sociedade. Nós chegamos ao fundo do poço. Não há motivo, seja ele jurídico ou moral, que diga que não é a hora do exército", afirma Magno, acompanhado por Heleno. "A situação que foi criada não permitia nenhuma análise sobre amparo legal, sobre se aquela era a melhor maneira de atuar. A coisa foi tão rápida que as análises ficaram para depois. O importante ali era não negar um apoio que era altamente necessário em prol de uma causa que não podia ser adiada."


Fonte: Estadão

Brasil recebe avião de patrulha marítima


O ministro da Defesa, Nelson Jobim, e o comandante da aeronáutica, brigadeiro Juniti Saito, participaram na sexta-feira, na base de Getafe, na Espanha, da cerimônia de inspeção do recebimento do primeiro avião de patrulha marítima P-3AM modernizado pela Airbus Military para a Força Aérea Brasileira (FAB).

O pacote completo é composto por nove aeronaves P-3, fabricadas nos Estados Unidos, convertidas a partir de um lote de 12, ao custo de US$ 470,9 milhões.

O grupo especializado em aviação de patrulha da FAB vai levar a observação oceânica até o limite da África, expandindo consideravelmente a capacidade de busca e resgate. A área de cobertura de segurança sob responsabilidade do País é de cerca de 6 milhões de km² sobre o Atlântico - 2 milhões de km² além da área conhecida como Amazônia Azul.

Mais que isso, os grandes turboélices de quatro motores ganharam notável capacidade de combate. Podem lançar o míssil ar-superfície Harpoon, com alcance de 90 quilômetros, e despejar minas antinavio. A capacidade total de carga é de 9 toneladas, incluídos aí torpedos, bombas guiadas, cargas de profundidade e mísseis ar-ar de curto alcance da classe Piranha.

O P-3AM é a versão militar do Electra, utilizado na ponte aérea entre Rio de Janeiro e São Paulo de 1975 a 1992.

As aeronaves vão ficar na base aérea de Salvador, agregadas ao 7.º Grupo de Aviação. Pesadas e de grande porte, podem permanecer em voo por 16 horas, com alcance de até 9 mil quilômetros em patrulha - ou metade disso em missão de ataque. O complexo sistema de procura e localização eletrônica é muito avançado, identifica objetos de 60 centímetros sobre a água e esquadrinha blocos de centenas de quilômetros simultaneamente. A capacidade de detecção submarina é informação sigilosa.

Os aviões são usados, comprados por meio de negociação direta entre governos. Foram fabricados entre agosto de 1964 e dezembro de 1965. Estavam estocados no Centro de Manutenção e Recuperação (Amarc) mantido pela Força Aérea americana em Tucson, no extra seco deserto do Arizona. Os esquadrões saíram de serviço depois de operar por mais de 25 anos. O custo de cada um é estimado em US$ 800 mil - só a aeronave.

A história é diferente no miolo eletrônico. As unidades estão sendo revitalizadas. O sistema de bordo, digital e de alto desempenho, é de última geração, fornecido pela EADS-Casa, empresa franco-espanhola.

A aeronáutica vai receber nove aviões operacionais. Manterá na reserva os outros três para canibalizar - vão servir como depósito de peças e componentes. Um terá arranjos internos para instrução de operadores, mantendo a capacidade de uso regular. O patrulheiro mede 35,5 metros de comprimento por 30,3 metros de envergadura. Leva de 11 a 16 tripulantes e tem 6 consoles digitais de trabalho.


Fonte: Estadão

Dilma acerta hoje compra de caças da FAB com Jobim


A presidente eleita, Dilma Rousseff, formaliza hoje o convite para que o ministro Nelson Jobim permaneça na Defesa e conclua dois processos já iniciados: a compra dos novos caças da aeronáutica e a retirada do setor de aviação civil da pasta.

A primeira sondagem para Jobim continuar na Defesa foi feita pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ainda durante as eleições. Os dois acertaram que ele ficaria pelo menos nos dois primeiros anos do novo governo, caso Dilma fosse eleita.
Depois da vitória, o ministro foi também procurado por Antônio Palocci, que é da equipe de transição de Dilma e será o futuro chefe da Casa Civil.

Eles discutiram a conclusão dos processos de reestruturação das Forças Armadas e de modernização dos equipamentos militares, principalmente com a compra dos novos caças, que se arrasta desde os dois governos de Fernando Henrique Cardoso (1995-2003).

Palocci, assim, organizou a pauta do encontro Dilma-Jobim de hoje. Na sexta-feira, 7/11, a própria Dilma telefonou para Jobim, marcando a data para bater o martelo.
A expectativa é a de que saia desse encontro a definição do modelo de caça que irá renovar a frota da FAB (Força Aérea Brasileira).

Conforme a Folha antecipou em janeiro, relatório técnico da FAB apontou o Gripen NG, da Saab, sueca, em primeiro lugar, principalmente pelo melhor preço e por propiciar maior transferência de tecnologia.

O F-18 norte-americano, considerado pelos pilotos o melhor avião em si, ficou em segundo; o Rafale francês, preferido por Jobim e pelo Planalto por questões políticas, ficou em terceiro e último. Só ganhou num dos sete critérios analisados.
Apesar da indicação técnica da FAB, Jobim manteve a preferência pelo Rafale, alegando que há "uma aliança estratégica" do Brasil com a França.

A decisão final cabe ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que deve convocar o Conselho de Defesa Nacional ainda nesta semana, provavelmente na quinta-feira, para ratificar a opção.

Caso confirmada a compra dos Rafale, Lula deverá assinar o acordo com o presidente da França, Nicolas Sarkozy, durante a inauguração da ponte sobre o rio Oiapoque que liga o Amapá à Guiana francesa por terra. A previsão é de que a solenidade seja no próximo dia 15.

Quanto à reestruturação das Forças Armadas, já aprovada pelo Congresso, falta definir a transferência do setor de aviação civil da pasta da Defesa para uma secretaria específica.

A nova pasta vai incluir a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), a atual secretaria vinculada à Defesa e a Infraero (estatal responsável pelos aeroportos). A intenção é abrir o capital dessa empresa à iniciativa privada.
Há dúvidas sobre uma outra área estratégica: o DECEA (Departamento de Controle do Espaço Aéreo), subordinado à aeronáutica.

No Brasil, os militares cuidam tanto da defesa área quanto do controle de tráfego de aviões. Os controladores são na grande maioria sargentos. Não está claro se isso migrará ou não para a nova secretaria.

Fonte: Folha

domingo, 5 de dezembro de 2010

Brasil e Estados Unidos assinam acordo de "céus abertos"


Os Governos do Brasil e dos Estados Unidos assinaram um acordo de "céus abertos", o qual permitirá a liberalização total das operações aéreas entre os países a partir de outubro de 2015, informaram neste domingo fontes americanas.

O acordo foi assinado na sexta-feira no Rio de Janeiro, após três dias de negociações entre o Departamento de Transporte americano e o organismo regulador brasileiro, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), como informaram à Agência Efe negociadores dos EUA.

As delegações dos países assinaram ainda um memorando de entendimento que vai colocar em prática a maior parte dos aspectos do acordo de "céus abertos" até que este seja ratificado pelo Congresso brasileiro.

O documento estabelece imediatamente um regime de preços livres, permite os direitos de code-share entre as companhias aéreas americanas e brasileiras e tornará possível a abertura de novos itinerários, ao eliminar as limitações que até agora impediam operações às companhias do outro país em determinados aeroportos.

A abertura do mercado aéreo permitirá aumentar novas frequências nas rotas entre os países de forma progressiva a partir de 2011.

Os negociadores esperam que até 2014 possam agregar 250 novos voos as atuais 150 frequências semanais nas linhas entre os Estados Unidos e o Brasil.

A ampliação dos voos incluirá aos aeroportos de São Paulo e Rio de Janeiro, considerados como altamente congestionados, o que aumentará a complexidade da operação, disse à agência Efe a mesma fonte.

Nos aeroportos de São Paulo tão só será possível aumentar o número de voos no início de 2013, segundo os negociadores.

O memorando contempla a expansão das frequências dos voos de carga e cria oportunidades de negócios para empresas dos dois países no fretamento de voos de passageiros.

Os Estados Unidos assinaram neste ano acordos similares com Colômbia, Trinidad e Tobago e Barbados, aos quais se somam agora o Brasil, considerado o mais importante pelas dimensões do mercado aéreo.

Fonte: EFE

EUA relatam que Brasil quer comprar e fabricar Rafale


O Brasil procurou comprar os caças franceses Rafale e adquirir a tecnologia para fabricá-los em seu solo para exportação a outros países sul-americanos até 2030, relatou o diário francês "Le Monde" neste domingo, citando despachos norte-americanos vazados.

O país vem negociando com a França, os EUA e a Suécia um acordo de compra de caças de combate para renovar sua frota antiga e reforçar a vigilância dos ativos estratégicos do país.

O acordo proposto, envolvendo mais de 100 aeronaves com valor potencial de US$ 4 bilhões, desencadeou uma competição acirrada entre os fabricantes dos três países. Os despachos citados pelo "Le Monde" indicam que Paris mantém conversas avançadas com Brasília sobre uma venda iminente.

"Não somente o Brasil quer comprar o Rafale, mas também produzir a aeronave em seu solo e até mesmo vendê-la na América do Sul até 2030", teria dito um diplomata norte-americano em novembro de 2009 segundo o jornal francês.

O "Le Monde" é um dos cinco jornais que têm acesso adiantado a alguns dos 250 mil despachos diplomáticos dos EUA vazados pelo site WikiLeaks. Os despachos revelam conversas francas entre diplomatas norte-americanos e Washington sobre líderes estrangeiros.

O presidente Nicolas Sarkozy procurou tranquilizar seu colega brasileiro sobre o preço da aeronave US$ 80 milhões cada dizendo a Lula que a França transferirá a tecnologia do Rafale para o Brasil, de acordo com o "Le Monde".

Autoridades francesas têm repetido que um acordo com o Brasil está próximo, mas nada foi assinado. A Dassault Aviation não foi encontrada para comentar a reportagem do jornal.

Em janeiro, um membro do gabinete brasileiro disse que o presidente Lula queria que o Brasil escolhesse o Rafale, mas por um preço menor do que a França pede. A Força Aérea declarou em julho que planeja comprar 28 aviões militares da brasileira Embraer.

Fonte: Reuters

Aeronáutica sempre desejou caças americanos, mas escolha é política


Gostar por gostar, os pilotos da FAB sempre preferiram os aviões norte-americanos, considerados os melhores do mundo.

Mas o F-18 da Boeing ficou espremido entre a preferência política pelo Rafale francês e a opção técnica da própria Aeronáutica pelo Gripen NG sueco.

Essas posições tornaram-se claras desde o início do programa FX-2, para a compra de 36 novos caças da FAB. Na primeira viagem exploratória, a Paris, em fevereiro de 2008, o ministro Nelson Jobim (Defesa) já admitia publicamente a preferência pelo Rafale.

Na ida a Washington, no mês seguinte, ele também já praticamente descartava os caças norte-americanos, enquanto o comandante da Aeronáutica, brigadeiro Juniti Saito, admitia estar deslumbrado com os modelos de última geração, o F-35 e o F-22. Por isso, passou por um leve constrangimento.

Ao alegar a incompatibilidade desses aviões americanos com as necessidades brasileiras, o ministro dirigiu-se a Saito, buscando uma concordância: "Não é, Saito?" Desconfortável, o brigadeiro deixou transparecer que discordava: "Bem... o Brasil teria uma capacidade dissuasória maravilhosa..."

Depois disso, a escolha afunilou para o francês, o americano e o sueco, com a área política sempre apontando para o Rafale. Argumento recorrente: os EUA não transfeririam tecnologia, e o Gripen NG sueco não passava de um protótipo.

Washington contra-atacou enviando em agosto de 2009 uma carta da secretária de Estado, Hillary Clinton, em que ela assumia o compromisso de transferir tecnologia. Não foi suficiente. Nos Estados Unidos, o feito pelo governo pode ser desfeito pelo Congresso.

Veio o 7 de Setembro, no mês seguinte, e Lula se atrapalhou ao anunciar a compra dos Rafale antes da conclusão do relatório da FAB.

O governo teve de dar o dito pelo não dito. Os governos dos três países assumiram então a liderança das pressões, enquanto as cúpulas das companhias faziam filas em Brasília.

Foi quando os EUA passaram a divulgar discretamente notas mostrando que o Rafale não era só francês e continha componentes americanos também sujeitos a veto.

O que paralisou o cronograma foi a divulgação pela Folha, em janeiro deste ano, do ranking da FAB: Gripen NG em primeiro, F-18 em segundo e Rafale em terceiro e último. Coube a Jobim arranjar um discurso e argumentos em sentido contrário.

O relatório tem 27 mil páginas, considerou sete critérios e o Gripen venceu justamente por ter o melhor preço e as melhores condições de transferência de tecnologia.

A 26 dias do final dos oito anos dos dois governos de Lula, porém, a Aeronáutica e o próprio Saito deixaram de ter preferências. O que interessa agora é ter um caça novo, qualquer caça.
Como já disse o chanceler Celso Amorim, "a decisão é política". Se é assim, dificilmente será pró-americanos.

Fonte: Folha

Wikileaks: França disposta a passar a tecnologia do Rafale ao Brasil


A França está disposta a fornecer ao Brasil os códigos informáticos do avião de combate Rafale se este for comprado pelos brasileiros, afirma uma mensagem diplomática americana de novembro de 2009 divulgada pelo site WikiLeaks e citada neste domingo pelo jornal francês Le Monde.

Com o Rafale, jamais vendido até agora para ao estrangeiro, a França espera descartar os aviões americano F/A-18 Super Hornet e o sueco Grippen, que também disputam o mercado brasileiro, afirma a mensagem.

"Os franceses garantiram aos brasileiros que entregarão os códigos informáticos do Rafale, que são o coração digital do aparelho, um gesto que os demais concorrentes estão reticentes em realizar", acrescenta a embaixada neste documento.

"Quando (o presidente) Lula se queixou com (o presidente francês Nicolas) Sarkozy sobre o 'preço absurdo' dos Rafale, 80 milhões de dólares cada um, o presidente francês enviou a ele, segundo fontes do ministério das Relações Exteriores, uma carta pessoal enfatizando que a França estaria disposta a proceder a uma 'transferência sem restrições' das informações tecnológicas", assegura.

"Se a venda do Rafale for realizada, a Dassault (sua montadora) poderá pedir aos Estados Unidos licenças de controle de exportação para as partes do avião construídas com tecnologia americana", destaca a mensagem dos diplomatas americanos.

Segundo o texto divulgado, que cita fontes militares em Brasília, o Brasil "não apenas quer comprar os Rafales, como também produzir o avião em seu território e, eventualmente, vendê-lo na América Latina até 2030".

O negócio que a França aspirar fazer com o Brasil supõe a venda de 36 aviões de combate, o que supõe um contrato multimilionário.

A decisão do governo Lula ainda não foi anunciada, e não há prazo para que isso ocorra.

Em outra mensagem divulgada pelo Wikileaks há alguns dias, o rei do Bahrein teria afirmado há um ano que o caça francês tem "tecnologia ultrapassada".

Assim afirmou o soberano do Bahrein durante uma reunião realizada no dia 1o. de novembro de 2009 com o general americano David Petraeus para discutir a cooperação regional em matéria de defesa.

"O rei Hamad bin Issa al Khalifa pediu apoio ao general Petraeus (então comandante do exército americano encarregado do Oriente Médio) para que fabricantes de aeronaves dos EUA participassem do Salão Aeronáutico do Bahrein, previsto para janeiro de 2010", segundo a carta escrita pela embaixada dos EUA em Manama.

"Disse que a França estava dando o seu total apoio a que o Rafale estivesse lá, mas concordou com Petraeus que o caça francês era de tecnologia ultrapassada", segundo o informe diplomático.

Fonte: AFP

PEDIDO DE DESCULPAS


Amigos leitores,

Venho informar que devido a alguns problemas técnicos no dia 04/12, não realizamos a atualização de nosso blog, mas como é nosso padrão hoje realizamos a postagem das principais notícias do Brasil e do mundo, assim mantendo você amigo informado sobre os principais acontecimentos. Afinal como bem sabemos conhecimento é poder, e a geopolítica é um tema de grande importância para que possamos compreender o mundo que nos cerca.

Então quero lhes pedir desculpas e agradecer pela sua compreensão e participação que vem aumentando a cada dia, dando maior visibilidade ao nosso trabalho. Este blog é um espaço de todos, onde a informação e conhecimento estão abertos para que possamos compartilhar ideias e conhecimentos.

Muito obrigado a todos os leitores e amigos de diversos lugares que acompanham e apoiam nosso trabalho.

Um grande abraço a todos.


Angelo D. Nicolaci
Editor

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Computadores chegam às escolas rurais



Sexta-feira, 26 de novembro de 2010, as escolas rurais foram beneficiadas com o programa Pro-info rural. Na oportunidade, cada escola foi contemplada com cinco computadores e uma impressora.

Para o secretário de educação, professor Vanildo Batista, a educação municipal não tem fronteiras, o aluno esteja na cidade ou no campo, tem os mesmos direitos e deveres. Hoje é inadmissível que o cidadão tenha domínio ou melhor, competência na área da informática e essa inclusão precisa dar-se já nas primeiras séries do Ensino Fundamental.

O secretário também acentuou que no próximo ano, os professores que lecionam nas comunidades rurais participarão de reunião onde na oportunidade será informado como a Secretaria irá apoiá-los a usarem as ferramentas citadas tanto na sua auto-formação quanto na prática de ensino.

Conclusão do Brasil Alfabetizado


Dia 03 de dezembro de 2010, às 19 horas, no auditório do Projovem, aconteceu a conclusão do Programa Brasil Alfabetizado.

Na oportunidade, estiveram reunidos a Professora Sebastiana de Azevedo Gomes, coordenadora municipal do mencionado programa, como também dos alfabetizadores, alfabetizandos que compõem as oito turmas que funcionaram nas áreas urbanas e rurais do nosso município e representantes do poder executivo municipal representando pelo Secretário Municipal de Educação, Cultura e Desportos, professor Vanildo Batista Gomes.

No evento, foram apresentados slides, leitura e discussão de mensagens e execução de dinâmicas. Também foi entregue a cada alfabetizando os testes cognitivos aplicados em duas etapas e certificados. Por fim, foi servido um lanche a todos os participantes.

Para a coordenadora, professora Sebastiana, todos estão de parabéns, tanto quem coordenou, quanto quem alfabetizou ou apoiou no processo de alfabetização de jovens e adultos que tiveram a oportunidade de escrever, ler, contar e ver a sala de aula como motivação para a importância da busca do saber. E por essa razão louva a Deus pelas conquistas e procurará, com o grupo de alfabetizando, fazer uma auto-avaliação e tomar esses dois anos de experiências como objeto de estudo para que no próximo ano de 2011 planeje e desenvolva um trabalho melhor.

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Entrevista de Dilma

"Meu governo não será um engavetador de denúncias"

Entrevista exclusiva da candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff

Octávio Costa

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DESAFIO


Dilma afirma que um dos seus principais objetivos,


se eleita presidente, é erradicar a miséria

A revista ISTOÉ elaborou uma entrevista com as mesmas 15 perguntas para os dois presidenciá­veis – tratando de temas relevantes para o País, como emprego e educação – com o compromisso de democraticamente abrir o mesmo espaço para suas ideias. O candidato


José Serra preferiu não responder. A candidata Dilma Rousseff concedeu a entrevista e a seguir publicamos o seu teor.

ISTOÉ – O Brasil cresce hoje a 7%. O que esperar dos próximos quatro anos?


Dilma Rousseff – Nos últimos oito anos, abriu-se uma nova era de prosperidade para o Brasil. Temos uma política econômica que vem dando resultados altamente positivos, com crescimento do PIB a taxas inéditas no País e com distribuição de renda. O Brasil está perto de se tornar uma das maiores potências mundiais. No meu governo, se eleita, seguirei a trajetória do presidente Lula, que criou 15 milhões de empregos com carteira assinada, reduziu a informalidade, aumentou e recuperou o poder de compra do salário mínimo, ampliou o crédito e o consumo interno, estabeleceu uma política de investimentos públicos e privados, deu estabilidade macroeconômica. Colocou o Brasil num novo patamar mundial. Mas trabalharei incansavelmente para erradicar a miséria. Já fizemos muito para chegarmos a esse objetivo, 28 milhões de pessoas saíram da linha da pobreza e outras 36 milhões ascenderam à classe média.


ISTOÉ – Há anos o Brasil sofre com uma elevada taxa de juros. O que fazer para baixá-la?


Dilma – Temos conquistado, progressivamente, taxas de juros reais menores ao longo do tempo. Eram 16% no início de 2003 e chegamos a menos de 6% nos últimos meses. Concordo que é preciso baixar mais, mas isso, infelizmente, não se consegue só com boa vontade. É preciso reunir condições para isso. Estamos aumentando o investimento e reduzindo a dívida pública. Isso permitirá uma redução adicional na Selic, que, por sua vez, diminuirá a pressão atual pela apreciação do real. Outro fator que permite a redução, sem comprometer o controle da inflação, é o crescimento da nossa produtividade.


ISTOÉ – Qual deve ser o perfil do seu futuro ministro da Fazenda?


Dilma – Não se fala em cargos e perfis, sem saber o resultado das urnas.


ISTOÉ – O BC deve continuar autônomo em relação à Fazenda?


Dilma – O Banco Central brasileiro tem autonomia operacional e isso deu muito certo. Acho que o BC é o seguinte: autonomia operacional e status ministerial no que se refere ao seu presidente.


ISTOÉ – O País tem uma das maiores cargas tributárias do mundo. Como diminuir o peso dos impostos na produção e no consumo?


Dilma – O principal foco da reforma tributária deve ser o de simplificar e racionalizar a arrecadação de impostos. Avançamos muito nos últimos anos, com desonerações e ampliação de sistemas tributários simplificados, como o Super Simples. Ainda assim, as empresas brasileiras gastam muito tempo e recursos para pagar impostos e o governo também gasta muito tempo e recursos para arrecadar e fiscalizar os impostos. Assim, minha proposta de reforma tributária vai priorizar o aumento na eficiência produtiva, tanto do ponto de vista das empresas quanto do governo. Alguns impostos podem e devem ser reduzidos, como a contribuição sobre a folha de pagamentos, serviços públicos essenciais, remédios e investimentos. Vou também construir um sistema de devolução automática de créditos, em acordo com os governadores, envolvendo os impostos e as contribuições federais e estaduais, pois um crédito não devolvido é um tributo pago indevidamente.


ISTOÉ – O Brasil precisa garantir melhor qualidade ao sistema público de saúde. É possível fazer isso sem recriar a CPMF? Como?


Dilma – Se eleita, vou construir a estrutura definitiva do SUS, o que requer financiamento compatível com suas necessidades. Vou apoiar a regulamentação da Emenda Constitucional nº 29 para fixar novos patamares de vinculação da receita e definir o que são ações e serviços públicos de saúde. Promoveremos maior equidade na distribuição dos recursos federais e estaduais para a saúde utilizando critérios epidemiológicos, de rede instalada, renda per capita, IDH e outros para corrigir as desigualdades. Aperfeiçoaremos os mecanismos de acompanhamento, monitoramento e controle social dos recursos do Ministério da Saúde e os transferidos a Estados e municípios, priorizando o combate ao desperdício e a desvios.


ISTOÉ – Quais são seus planos para o Mercosul?


Dilma – O Mercosul é uma realidade histórica com quase 20 anos de existência. Todas as iniciativas devem ser voltadas para o seu fortalecimento, não para a sua morte. Com a multipolarização do mundo, os problemas encontram cada vez mais soluções de natureza regional. É assim na Ásia, na América ou em outras regiões. Vale para questões econômicas, ambientais ou de segurança. Os últimos anos do Mercosul foram marcados por um extraordinário incremento comercial. A crise global, que abateu especialmente a indústria, afetou as transações comerciais. Mas em 2010 observamos uma forte recuperação. O fortalecimento institucional do Mercosul e uma integração produtiva maior devem fazer parte de uma agenda para o Mercosul.

“Acho que o BC é o seguinte: autonomia operacional e


status ministerial no que se refere ao seu presidente”

ISTOÉ – Como evitar que nossa Previdência Social entre em colapso, como acontece agora na Europa?


Dilma – Não precisamos de uma grande reforma na Previdência. Se houver necessidade, poderão ser realizados ajustes pontuais, para adaptar a estrutura de aposentadorias e pensões às novas realidades da economia e da sociedade.


ISTOÉ – O que fazer para melhorar o padrão educacional do Brasil?


Dilma – O grande salto para um país verdadeiramente desenvolvido é a educação de qualidade, desde a creche até a pós-graduação. E tenho absoluta convicção de que não chegaremos a este lugar se não investirmos fortemente no professor, na sua carreira, na sua formação, no seu salário. Este será um dos grandes investimentos de meu governo, se for eleita.


ISTOÉ – Hoje o Brasil bate recordes na geração de empregos. Qual a sua política para manter esse ritmo?


Dilma – A taxa de desemprego de 6,9% aponta para um quase pleno emprego. E isso graças aos sucessivos recordes de geração de empregos nos últimos anos. Vamos fechar em algo em torno de 15 milhões, com carteira assinada. A receita para continuar gerando empregos é: fortalecer as políticas sociais; continuar investindo em infraestrutura; estimular a produção; apoiar o agronegócio e a agricultura familiar; fortalecer as micro e pequenas empresas. E manter as políticas sociais que estimulam o consumo das famílias, além da política de valorização do salário mínimo. Mas tenho duas propostas que serão decisivas para avançar ainda mais: a desoneração da folha de pagamentos, reduzindo a alíquota de contribuição patronal, o que beneficiará principalmente os setores intensivos em mão de obra, como calçados, alimentos, têxteis; e a criação do Ministério das Micro e Pequenas Empresas, que permitirá aprimorar todas as políticas voltadas a este segmento, dando-lhe mais competitividade e, desta forma, ampliando a capacidade da economia brasileira de gerar empregos de qualidade.


ISTOÉ – Como será a relação do governo com o MST?


Dilma – Como foi no governo do presidente Lula, sempre com diálogo. Nós não tratamos movimentos sociais com cassetete nem com repressão. Não apoiamos nenhuma ação que fuja da legalidade, mas também não fechamos as portas do diálogo para resolver conflitos.


ISTOÉ – Como preservar o meio ambiente fazendo o Brasil crescer?


Dilma – No governo Lula, demonstramos que é possível crescer, distribuir renda e ser ambientalmente sustentável. Este é o modelo de desenvolvimento que perseguimos e que continuarei perseguindo. Tenho proposta clara para o desenvolvimento sustentável do Brasil. Entendo ser fundamental, por exemplo, avançar na agenda da sustentabilidade em todos os segmentos de políticas públicas. No PAC 2 já previmos investir R$ 9,7 bilhões no período 2011-2014 em fontes alternativas de geração de energia, em especial eólica e biomassa. Temos o compromisso com a implementação da Política Nacional de Mudanças Climáticas e vamos consolidar os acordos setoriais no âmbito do Plano Nacional de Mudanças Climáticas. O grande avanço que tivemos nesses oito anos e que continuará sendo a marca da nossa gestão, se eleita for, é a vinculação da questão social e da ambiental. Consolidar este modelo de desenvolvimento nos levará a uma situação de maior justiça social, valorização dos nossos recursos naturais e preservação da nossa biodiversidade.


ISTOÉ – É necessária uma mudança na matriz energética brasileira?


Dilma – O governo Lula deixará um legado importantíssimo para os quatro anos do próximo governo, que é a contratação de 100% da oferta necessária para atender à demanda de energia elétrica no Brasil, com o País crescendo a taxas desejáveis. Não farei diferente. A minha experiência no setor – que é grande – mostra que a política de geração de energia elétrica no Brasil deve sempre priorizar, como fizemos no governo Lula, a modicidade tarifária, a segurança do abastecimento e uma matriz energética renovável. Lembro que uns 47% de toda energia que produzimos no Brasil é proveniente de fontes renováveis, com destaque para a hidreletricidade, os biocombustíveis e as energias alternativas – biomassa, pequenas centrais hidrelétricas e eólica. É sempre bom lembrar que a hidreletricidade abasteceu 85% de nossa demanda de energia elétrica em 2009. E só utilizamos um terço do potencial energético de nossos rios para a geração de eletricidade, o que significa que temos todas as condições para manter elevada a participação das energias renováveis nos próximos anos, principalmente com a entrada em operação das hidrelétricas do rio Madeira e de Belo Monte. A fonte hidráulica, tão abundante em nosso país, com toda certeza terá papel preponderante na próxima década. Todavia, para que aproveitemos de forma racional as características dessa energia, será preciso completá-la com fontes alternativas também renováveis.

“Alguns impostos podem e devem ser reduzidos,


como a contribuição sobre a folha de pagamentos,


serviços públicos essenciais, remédios e investimentos”

ISTOÉ – A ONG Transparência Internacional mostra que o Brasil ocupa uma vergonhosa 69º posição no ranking da percepção de corrupção. O que fazer para mudar isso?


Dilma – Não vou vender para a população a ideia de que as coisas são perfeitas e de que não vai acontecer nada. Um governo se mede pela capacidade que tem, não de garantir que não haja nada, mas de, em havendo, tomar providências, investigar e punir. O governo do presidente Lula não foi – e o meu, caso eleita, não será – um engavetador de denúncias, como aconteceu no passado. É importante lembrar, também, que fortalecemos e valorizamos os órgãos investigativos, como a CGU e a Polícia Federal.


ISTOÉ – Qual a melhor maneira de enfrentar o déficit habitacional brasileiro? Construindo casas populares ou facilitando o crédito para a população de baixa renda?


Dilma – Com o Minha Casa Minha Vida, que terá atenção especial em meu governo. Nós retomamos no País o papel do Estado na política habitacional, por meio desse programa. Se os mais pobres não têm condições de pagar a prestação de uma casa própria, o Estado tem que subsidiar. Mas esta é uma política também para reaquecer o setor da construção civil, que é grande empregador. Vamos continuar nessa linha, mantendo crédito e financiamento. Fizemos o Minha Casa Minha Vida, que coordenei pessoalmente como ministra-chefe da Casa Civil, e já temos prevista a segunda edição do programa para o período 2011-2014. Serão construídos dois milhões de moradias com investimentos de R$ 71,7 bilhões. É importante lembrar que 60% das unidades habitacionais serão destinadas a famílias com renda de até 2,4 salários mínimos.

Fonte: Revista Isto é

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