quarta-feira, 28 de julho de 2010

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PDDE


A Prefeitura Municipal de Tenório - PB através da Secretaria de Educação, Cultura e Desportos conseguiu receber os recursos referente ao PDDE Rural ( Programa Dinheiro Direto na Escola), de 2010 ao todo a primeira parte dos recursos somaram mais de 6.000 R$, sendo todos investidos na melhoria da qualidade da educação do nosso Municipio. Segundo o Secretário de Educação Vanildo Batista, Tenório estar preste a receber também financiamentos do PDE (Programa Dinheiro na Escola), na qual conta com duas Escolas cadastrada: Escola Emília Saturnino da Silva e João de Fontes Rangel as duas maiores do Município.

Vanildo Batista
sec.edu

domingo, 11 de julho de 2010

Caças F5 da FAB

Força Aérea Brasileira - FAB

Meios Disponíveis e Futuros


OS F-5M DA FAB



(Clique na foto abaixo para ampliação)

F-5M

Recebimento do 1º F-5EM, o 4856,
pela FAB em 21 de setembro de 2005.

(Foto André Finken Heinle / ALIDE, com permissão)
INTRODUÇÃO


O Projeto F-5 BR, depois rebatizado de F-5M (Modernizado), visou modernizar os caças leves Northrop F-5 "Tiger" da FAB para as necessidades do Século XXI.


A indústria aeronáutica brasileira Embraer e a israelense Elbit foram as empresas responsáveis pelo serviço. O M também poderia ser atribuído a um fator determinante : o F-5M é um caça Multimissão
de 4ª Geração.


Foram incorporados equipamentos de última geração, aprimorando a capacidade de detecção, ataque, autodefesa, comunicação e navegação das aeronaves.



As principais diferenças dos F-5M para os antigos não são visíveis externamente. Elas envolvem a aviônica - os dispositivos de controle na cabine do piloto. Entre as inovações, estão sistemas de radar e mira e o reabastecimento da aeronave em pleno vôo. A previsão é de que os F-5 M tenham vida até depois de 2020.


Um caça F-5M pode sair do Rio Grande do Sul com a
bolacha do 1º/14º GAv e executar uma missão no norte do país sem pousar.



Pampa

Bolacha do Esquadrão Pampa.



Trata-se do Primeiro Esquadrão do Décimo Quarto Grupo de Aviação, Esquadrão Pampa, sediado na Base Aérea de Canoas, RS. Executa missões de Interceptação, Patrulha Aérea de Combate e Escolta, Reconhecimento Aéreo e Socorro em Vôo.


Inicialmente orçado em US$ 285 milhões para as 46 unidades então disponíveis, o programa de modernização do F-5 foi iniciado em 2003. Na época, oito aeronaves foram inicialmente entregues à Embraer e iniciaram os trabalhos de modernização em Gavião Peixoto.


Em 4 de dezembro de 2003, a Embraer apresentou à FAB, na fábrica de São José dos Campos - SP, o primeiro protótipo da aeronave F-5M, modernizada.



F-5 BR

Apresentação do primeiro protótipo do F-5M
(F-5FM), ainda denominada F-5BR.
(Foto Embraer - 001)




Em 8 de fevereiro de 2006, havia sido confirmada uma negociação com a Arábia Saudita que o DEFESA BR. Seriam adquiridas através da Comissão Aeronáutica Brasileira em Washington mais 9 unidades a US$ 2,67 milhões cada, sendo 6 F-5E monopostos e 3 F-5F bipostos. Essa compra confusa foi depois cancelada.


Já em outubro de 2007, foi confirmado o fornecimento de 11 F-5 pela Jordânia, sendo 8 F-5E e 3 F-5F. Cada avião foi avaliado em US$ 1,9 milhão em um total de US$ 21 milhões. Assim, o total de F-5 da FAB remonta agora a 57 aeronaves, sendo 51 E e 6 F.


Todos os 6 F-5F bipostos iriam com o tempo para o 1º/4º Grupo de Aviação da Base Aérea de Natal, já Modernizados.
Assim, o treinamento de combate da FAB será todo feito no CATRE (Centro de Treinamento e Recompletamento de Tripulações) de Natal. Esta Base é hoje sede do 2°/5 Grupo de Aviação, que foi o primeiro a dispor dos AT-29 Super Tucano.


Com o F-5M, foram introduzidos com grande atraso modernos mísseis antes inexistentes na FAB. Primeiro, veio em 2006 um míssil AMRAAM BVR que é o DERBY e, futuramente, um míssil ABVRAAM, que pode vir a ser o METEOR.


Ambos podem operar com
Enlace de Dados junto aos R 99, vendo-se multiplicado o poderio aéreo da FAB, mas ainda em estágio inicial para os desafios que se apresentarão nos próximos anos.


Com o advento do Link-BR2 em 2009, a FAB passou a dispor de um protocolo de enlace de dados de alta qualidade, equiparável aos mais modernos protocolos de sistemas táticos de conexão em rede utilizados no mundo.


Desenvolvido pela Embraer, este protocolo passou a permitir a viabilização de um moderno sistema de intercâmbio de dados durante operações da FAB, e com a interoperabilidade junto à MB e o EB, em operações conjuntas.


n


Todo o processo de modernização das 46 unidades contratadas foi completado em maio de 2010.


RED FLAG E CRUZEX 2008


No exercicio RED FLAG 2008, em Nellis, meia dúzia de F-5EM do Esquadrão Pampa seguiram ainda incompletos, e sem contarem com os R 99. Mesmo assim, eles fizeram história. Já o reabastecedor KC-137 jamais foi derrubado e sequer encontrado.


Os 6 F-5EM com Derby enfrentaram a nata dos aviadores americanos com seus F-15 e F-16 (os Esquadrões Agressor são pilotados pelos melhores pilotos americanos) e conseguiram uma média de 1.4 a 1.6,
algo como 40 % a 60 % a mais de vitórias que os americanos, ou seja, para cada vez que um brasileiro era "abatido", despachava quase 2 americanos em aeronaves bem mais modernas e conduzidos por pilotos experientes.


Ressalte-se que o F-15 pode ser considerado como o real caça de superioridade aérea em todo o mundo, e ainda que o Radar Grifo F/BR utilizado no F-5M foi uma evolução, porém ainda muito inferior aos dos caças americanos.


Nosso pilotos obtiveram médias iguais aos seus pares americanos que pilotavam vetores superiores, e nunca falharam na escolta, ou seja, os Agressores até podiam derrubar um Pampa, mas sequer chegavam perto do avião por eles escoltado.


Nossos mecânicos ainda deram um show de dedicação, superação e técnica ao trocarem as turbinas dos nossos aviões, entre uma missão e outra, com apenas 4 técnicos. Os F-5M encontram-se muito bem mantidos e seguros.


O diferencial da FAB sempre foi sua mão-de-obra, fato que os americanos conhecem desde a 2ª Guerra Mundial. Enquanto os esquadrões de P-47 americanos tinham uma prontidão de 15 caças (dos 24 de cada esquadrão), o SENTA A PUA apresentava uma disponibilidade de 21 a 22 caças.


Os mecânicos brasileiros usavam peças de caminhão e de aviões que se acidentavam na pista para manter os outros no ar, enquanto aguardavam as peças de reposição. Ninguém sabe até hoje como nossos pilotos completaram tantas missões e como nossos mecanicos mantinham tantos aviões em prontidão.


Honrando este passado de superação e profissionalismo, a FAB ainda é hoje a Força Aérea mais capaz da América do Sul, mesmo que inferiorizada em quantidade e defasada tecnologicamente por tantos anos.




VÍDEO - FAB NA RED FLAG 2008 (03:08 MIN)



No Exercício Red Flag 2008, o Ten Pimentel do
1º/14º GAV resumiu em uma só palavra o motivo
maior de estarem todos ali : "BRASIL".
(Vídeo CECOMSAER)



VÍDEO - 4 CAÇAS F-5EM DA FAB DECOLANDO
NA RED FLAG 2008 (00:59 MIN)


Excelentes imagens dos 4 caças.
(Vídeo NELLISSPOTTERS.COM)





Na Cruzex 2008, os franceses vieram com Mirages 2000-5 e seus mísseis MICA, mas não foram longe contra nossos pilotos do Esquadrão Pampa. O venezuelano Chávez evitou enviar seus temidos Su-30, pois seus pilotos ainda não têm como utilizá-los em plenitude. Os chilenos enviaram os F-5 III, mas evitaram colocar os modernos F-16 em campo. A Argentina perdeu a hora e não veio.


A FAB é mais respeitada pela habilidade de seus pilotos, nem tanto por seus vetores. Qualquer brigadeiro latino-americano sabe que ainda não existe no continente uma Força Aérea para fazer frente a eles. Mas é preciso progredir e inovar.




ERRO E ACERTO DO F-5


O F-5 foi projetado como um avião mais barato, foi desenvolvido para forças aéreas de países periféricos aliados. Os “F-22″ da época eram os Phanton, que também eram o sonho de consumo da FAB.


Entretanto os F-5 possuem suas qualidades. São aviões de manutenção e operação simples e barata, além de serem muito manobráveis. Suas deficiencias em relação ao Phanton, por exemplo, é sua velocidade e aceleração inferiores.


Na época do desenvolvimento do Phanton, a linha de pensamento dominante nos EUA era a de que o combate aéreo seria totolmente dominado pelos mísseis guiados (armas inteligentes).


O Phanton foi desenvolvido, dentro desse conceito, para ser o principal e mais poderoso vetor tanto da USAF, quanto da USN. Acreditava-se então que o avião seria apenas uma plataforma para lançamento dos mísseis inteligentes. Assim, seu desenvolvimento desconsiderou alta capacidade de manobra e priorizou altas velocidades e aceleração.


Além disso, ele foi equipado com eletrônica de ponta, capaz de operar os Sparrow, além dos Sidewinder. Enquato isso, o F-5, menos potente, com menor velocidade e aceleração, era manobrável, barato e quase desprovido de eletrônica avançada. Só usava Sidewinder.



Essa morte do dogfight, profetizada pelos EUA, se provou um dos maiores erros deles na guerra do Vietnã. Os Sparrow obtiveram uma minúscula fração da precisão esperada e os MiGs deram muito mais trabalho do que esperado. Acontece que o dogfight ainda está muito vivo e esteve presente em todos conflitos aéreos recentes. E, nesse tipo de confronto, o F-5 é muito efetivo.



Além disso, os F-5 modernizados por Singapura, Tailândia, Chile e Brasil foram equipados com eletrônica moderna, sanando uma das deficiências do F-5, habilitando-os ao combate na arena BVR.



Claro que um radar grifo ou Elta 2032 não se compara a um APG-79, por exemplo, mas esses F-5 modernizados possuem uma capacidade respeitável e são mais úteis e efetivos hoje que os F-4 ainda em operação mundo afora (Alemanha, Japão, etc). Essa visão errada dos EUA foi amplamente sanada nos projetos seguintes, o F-15, o F-16 e o F-18.





EVOLUÇ
Fonte:defesabr

ACORDOS & ALIANÇA

Home






Mercosul em 2004

Foto oficial histórica de Presidentes do Novo Mercosul, incluindo México,
Venezuela e Equador. XXVI Reunião da Cúpula dos Chefes de Estado
do
Mercosul , em Puerto Iguazú, Argentina - 8 de julho de 2004.
(Foto Marcello Casal Jr. - Agência Brasil - 41611)



INTRODUÇÃO

O BRASIL NA ERA LULA


PAÍSES BALEIAS - GRUPO BRIC


SUL-SUL-SUL


ORIENTE MÉDIO


MERCOSUL


UNIÃO EUROPÉIA


OUTROS ACORDOS



INTRODUÇÃO


O mundo sempre esteve dividido em grupos, polarizado, sempre com o pano de fundo das questões comerciais e de acesso a mercados. Portanto, os acordos & alianças comerciais e econômicos são uma tradição da humanidade.



Na época do
Império Romano (2) (3) (Mapa) já havia uma clara divisão entre os povos que pertenciam ao seu julgo e aqueles que recusavam-se a serem domados, conhecidos injustamente como os Bárbaros. Porém, o que destruiu Roma foram os seus próprios defeitos; os Bárbaros apenas deram o arremate final e fatal.


Nos Séculos XV e XVI, o mundo já era polarizado entre portugueses e espanhóis, que tentavam, com suas caravelas, descobrir terras distantes para acabar com o monopólio mundial de Muçulmanos e Venezianos. Em comum acordo, t
inham como principal objetivo a busca por terras e riquezas e o acesso a novos mercados, principalmente os do Oriente.


Os espanhóis atravessaram o Oceano Atlântico e encontram a oeste em 1492 um novo continente, que chamaram de América. Outros foram para o leste e encontraram as exóticas Índias. Já os portugueses "perderam-se" no Atlântico e foram para sudoeste, onde encontraram o Brasil.


Nessa
Era dos Descobrimentos, os reis portugueses e espanhóis acordaram dividir o novo mundo, separando-o pelo famoso Tratado de Tordesilhas, origem do Brasil, do qual se colhia madeiras, especiarias e ouro, muito ouro.

Já com a
Revolução Industrial, surgiu novamente a polarização e o mundo ficou dividido entre países industrializados e não-industrializados. O Brasil foi considerado apenas um mercado consumidor, além de fonte de matérias-primas baratas para a promissora indústria européia e, depois, a nascente americana.


A Revolução Industrial inspirou uma perversa oposição entre o trabalho e o capital, antes desconhecida. Novas ideologias foram criadas e tudo desaguou no Século XX com os Comunistas e os Fascistas, o que levou o mundo à 2ª Grande Guerra Mundial, encerrada em 1945.


Polarizado entre os grandes vencedores - EUA e URSS, o mundo entrou então em uma intensa Guerra Fria, porém ameaçadora pelo advento das bombas nucleares, donas do juízo final. Estes eram os
Capitalistas (Ocidente) e os Comunistas (Oriente).


Tudo durou entre 1946 e 1989, quando
caiu o muro de Berlim. Em poucos meses, caía também o Império Soviético, destruído pelos mesmos motivos que provocaram o fim do Império Romano, seus próprios defeitos no novo modelo de vida.


Nos anos 90, houve um aparente relaxamento na eterna polarização mundial, com o advento da Globalização, fruto da incontestável vitória do "Capitalismo Made in USA". Confirmou-se a única
Potência do planeta.


Como durante a
Guerra Fria, países como Japão, França e Alemanha continuavam enriquecendo com exportações para os EUA, a grande locomotiva mundial. Além deles, estrearam novos "venc(d)edores", como Taiwan, Coréia do Sul e a impressionante CHINA.


Porém, um limite a essa situação acabou ocorrendo em 2003, com o advento da Guerra do Iraque, quando a invasão dos americanos foi decidida de forma unilateral e unipolar, contra o processo e acordo da ONU. Os EUA passaram a ser temidos como o único polo de poder no mundo.


Neste momento, ocorrem dois processos simultâneos.


Um é provocado pelos EUA, para reverterem o déficit comercial abissal que mantêm com esse seleto grupo de nações, os grandes exportadores do mundo atual. O Dólar vem sendo e será cada vez mais desvalorizado (talvez por interesse da própria Casa Branca) frente a todas essas moedas, com um efeito simples. Eles não venderão mais tão facilmente aos EUA, como fizeram nos últimos 50 anos.


Pelo contrário, os EUA passarão a procurar formar superávits com todos, porque terá melhores preços em tecnologia e produtividade e ditará o comércio que deseja. Caso isso se comprove, aguarda-se verdadeiras catástrofes econômicas em muitas regiões.


Detalhe : os EUA não se sentem mais responsáveis pelo sucesso de Países que os abandonaram na arena do Iraque em 2003. Além disso, não pretendem patrocinar para sempre o expansionismo econômico da China.


O outro processo é provocado pelos Países emergentes que não aceitam mais os US$ 300 bilhões anuais de subsídios à agricultura dos EUA e da União Européia (UE).
Com uma das maiores agriculturas do mundo - e é a com maior potencial no Século XXI - o Brasil arregimentou um grupo de 22 países heterogêneos que fez paralisar a OMC em setembro de 2003.


Esse grupo (com posteriores defecções) conseguiu quebrar a rigidez e a intolerância dos Países ricos e trazer novo alento aos Países pobres. Sua luta poderá permitir que em algum momento atinja-se a flexibilização do comércio agrícola mundial.


É nessa situação que se enquadra o Brasil na Era Lula. Enquanto procurava o mundo para exportar, formalizando diversos acordos em uma inédita movimentação mundial entre 2003 e 2005, o País preparava-se para ser a grande potência mundial no Agronegócio em um futuro de seca generalizada, petróleo extorsivo, poucas alternativas e forte mudanças econômicas.


Depara-se ainda com uma formidável oportunidade de penetrar o mercado norte-americano, com ou sem a ALCA, assumindo posições que serão perdidas pelos outros concorrentes, já em processo. Esta seria a hora da virada.




O BRASIL NA ERA LULA


Na presente Era de Governo do Presidente Lula (2003 a 2010), o Brasil vem lentamente procurando formalizar acordos comerciais e de integração econômica com diferentes Países e grupos regionais.


Em 2003, surgiu o interesse por um Tratado de Cooperação Trilateral "Sul-Sul-Sul" (G-3 ou IBSA) entre Brasil, África do Sul e Índia. Os 3 Países firmaram cooperação em ciência, tecnologia, educação, saúde, turismo, defesa e outros. Partiu de simples reunião presidencial durante o Encontro do G-8 ampliado em junho daquele ano. Sempre há o objetivo comum de redução de custos e de aprendizado conjunto, para o bem comum dessas nações.


No próprio Encontro do G-8 de 2003, em Evian, ficou claro que o Brasil trabalhava para reforçar as relações com Rússia, China e Índia, a princípio para negociarem juntos com os EUA e a UE e, na seqüência, para associarem-se.


Sentindo a ameaça, o G-8 passou a analisar anunciadamente em 2004 a entrada de Brasil, China e Índia, o que elevaria o grupo a um G-11. Em setembro de 2005, anunciou-se a intenção de evolução para um G-12, que incluiria ainda a África do Sul, exclusivamente por reperesentar o imenso e esquecido continente africano. Em 2008, um G-13 já incluía o México.



Lula em Evian - G-8 2003

Presidente Lula durante Encontro do G-8 em Evian - Junho de 2003.



Mesmo assim, com interesses e posições convergentes desses Países Gigantes, as conversações seguem no sentido de formarem uma Aliança Estratégica e também de cunho comercial e econômico entre os PAÍSES BALEIAS, aqueles de gigantescas extensões territoriais e enormes mercados internos ascendentes. Essa Aliança também trará reflexos positivos para o Mercosul (como América Latina), a África e o Sudeste Asiático.


Outra negociação que ganhou força no Encontro do G-8 de 2003 foi um possível Acordo com o Bloco dos 22 Países Árabes do Oriente Médio, bastante interessados em novas parcerias, que não as dos antigos "Aliados". O Presidente Lula visitou a região em dezembro de 2003 e o processo encontra-se em andamento, inclusive com bons frutos.


Para a Reunião Ministerial de Cancun - México 2003, pela Organização Mundial do Comércio (OMC), parte da atual Rodada de Doha, o Brasil liderou, junto com a Índia e a China, um heterogêneo grupo de Países em Desenvolvimento, conhecido hoje como G-20, todos contrários aos subsídios agrícolas de mais de US$ 300 bilhões anuais de EUA e UE. Esse grupo mostrou força, tornando-se em 2004 o 3º poder nas negociações da Rodada de Doha da OMC.


Alguns Países do Grupo resolveram também negociar regras do comércio mundial para a área industrial. O grupo da negociação agrícola é ofensivo. Ambiciona ampla liberalização desse setor do comércio mundial, apesar de divergências de tonalidade de países como China e Índia. Já a aliança da negociação industrial entra em cena para ser defensiva. Busca "liberalização equilibrada" que leve em conta a sensibilidade de setores industriais nos países em desenvolvimento - ou seja, limitar a abertura de seus mercados.


Em junho de 2004, durante a XI Conferência da UNCTAD (declaração em pdf) em São Paulo, o G-77, antigo grupo criador da UNCTAD, hoje com formidáveis 132 países pobres e em desenvolvimento, inclusive a China, resolveram recriar (dos anos 80) em grande estilo o SGPC - Sistema Global de Preferências Comerciais.



Inicialmente, 43 desses países do G-77 pretendem concluir novo acordo geral de redução de tarifas entre si até novembro de 2006. Se vier a ser introduzido, deverá alcançar todos os 132 membros, sem qualquer interferência dos poucos países desenvolvidos, que ficariam à margem. O Presidente Lula discursou afirmando que esse novo movimento poderia mudar a geografia econômica mundial.



Nunca antes o Brasil partiu para tantas frentes de trabalho, simultaneamente, e em tão pouco tempo como ocorreu em 2003 e 2004. Nos anos recentes, todos os Presidentes da América do Sul vêm ao Brasil para reuniões concretas. Essa novidade passou a ser chamada pela imprensa e governo americanos de "efervescência política na América do Sul" :


g Novo Mercosul (Amercosul) - Brasil, Argentina,
Paraguai e Uruguai + Chile, Bolívia, Peru, Equador,
Colômbia, Venezuela e México;

g América Latina, com América do Sul, México e
Caribe;


g ALCA (o Grande Mercado);

g União Européia (avançado, outro grande mercado
hoje);

g Países Baleias - BRICs - China, Índia e Rússia (formam
o mercado gigante do futuro, com escala formidável);

g Associação do Sudeste Asiático;

g Liga Árabe (Oriente Médio) - Bloco de 22 Países Árabes;

g Países Africanos (África do Sul, Namíbia,
Moçambique, Zimbábue, São Tomé e Príncipe,
Angola e Gana)
;

g Trilateral Sul-Sul-Sul - com África do Sul e Índia;

g G-77 - novo acordo tarifário entre 132 países - o SGPC; e

g G-20 na OMC (19 em julho de 2004) - África do Sul,
Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, China, Cuba, Egito,
Filipinas, Índia, Indonésia, México, Nigéria, Paquistão,
Paraguai, Tailândia, Tanzânia, Venezuela e Zimbábue.

Obs : os 22 membros fundadores do G-20 (G-22) eram :África do Sul, Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, China, Colômbia, Costa Rica, Cuba, Equador, Egito, Filipinas, Guatemala, Índia, Indonésia, México, Nigéria, Paquistão, Paraguai, Peru, Tailândia e Venezuela. Sob pressão, saíram Colômbia, Costa Rica, Equador, Guatemala e Peru, caindo para 17 membros. Entraram Tanzânia e Zimbábue, subindo para 19 membros.


Em 1º de agosto de 2004, foi fechado um acordo internacional que prevê o fim dos subsídios às exportações de produtos agrícolas e a redução dos subsídios internos. Espera-se que os paises em desenvolvimento sejam beneficiados em alguns anos em US$ 200 bilhões com o fim dos subsídios, sendo que ao Brasil caberiam mais de US$ 20 bilhões.


A previsão para o fim desses subsídios agrícolas é uma vitória do Brasil e do G-20, grupo criado por iniciativa brasileira justamente para pressionar a OMC a avançar nessa questão. Esta é a prova de que é possível uma nova geografia comercial no mundo.
Agora, serão finalmente retomadas as negociações da Rodada de Doha da OMC.


Uma idéia da visão brasileira está no Estudo INAE do Ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, de maio de 2003 : "As Transformações na Ordem Mundial e as Posições Multilateral e Regional do Brasil".




PAÍSES BALEIAS - GRUPO BRIC


Os 4 Países - Brasil, China, Índia e Rússia - são chamados de BALEIAS por disporem de gigantescas extensões territoriais e enormes mercados populacionais com crescente poder aquisitivo e qualidade de vida. Veja mais detalhes sobre isso em ALIANÇAS ESTRATÉGICAS DE COOPERAÇÃO DE DEFESA.


Um acordo comercial e, principalmente, de integração econômica entre eles será interessante para todos, pois são complementares em sua grandeza. Em 2003, a CHINA já tornou-se o 2º maior parceiro comercial do Brasil, perdendo somente para os EUA, e podendo tornar-se o 1º em breve.


Esta ALIANÇA DOS PAÍSES BALEIAS
ou GRUPO BRIC, em formação, promete revolucionar o mundo como hoje conhecemos. Em setembro de 2003, o Presidente Lula confirmou intensas negociações para a criação do bloco, reafirmando-as em dezembro, no Oriente Médio.


Um estudo do Banco de Investimentos Goldman Sachs (BRICs) divulgado em outubro de 2003, prevê que o Brasil será uma das 5 maiores potências mundiais em 2050, mesmo seguindo sua baixa taxa de investimento atual (de 19 % ao ano) e apresentando crescimento anual da economia medíocre, inferior a 4 %. BRIC significa Brazil, Russia, India and China. Ressaltamos que o potencial brasileiro é muito superior ao ali estudado.


Segundo o estudo, a soma prevista dos PIB desses 4 Países – US$ 44,1 trilhões – ultrapassará em 2039 o PIB do G-6 (Estados Unidos, Japão, Alemanha, Reino Unido, França e Itália), estimado em US$ 43,1 trilhões.


Em um primeiro passo, o Presidente Lula, acompanhado de extensa comitiva empresarial, viajou para a China (Pequim e Xangai), onde foi estabelecida uma nova ALIANÇA ESTRATÉGICA COM A CHINA no dia 24 de maio de 2004.



Em 24 de março de 2006, foi inaugurada com uma primeira reunião em Xangai a Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível de Coordenação e Cooperação (COSBAN), também criada em 2004.



VP Alencar na China em 2006

Recepção ao Vice-Presidente José Alencar em Xangai, China, em 21
de março de 2006, para a instalação da Comissão Sino-Brasileira de
Alto Nível de Coordenação e Cooperação (COSBAN).
(Foto Aluizio Gomes de Assis - VPR -146.898)

N


Em 2007, o FMI calculou que o GRUPO BRIC e os mercados emergentes que ele está ajudando a alimentar, responderam por 30 % da economia e 47 % de todo o crescimento global - com a China respondendo pela maior participação e o Brasil, a Rússia e a Índia não muito atrás.


Mas não são apenas as commodities e a produção industrial de baixo custo que estão conduzindo o crecimento. Segundo a Reuters, a Índia e as economias emergentes da Ásia são o lar hoje de mais de 26 % do mercado global de serviços de tecnologia da informação, e continuam crescendo em ritmo acelerado.



O GRUPO BRIC ajudou a elevar a participação dos mercados emergentes nas exportações globais de 20 % em 1970 para 42 % em 2006. Os fluxos de capital também alcançaram níveis recordes, com os investimentos estrangeiros diretos (IED) crescendo mais de 50 % entre 2006 e 2007, saltando de US$ 167,4 bilhões para US$ 255,6 bilhões.


Entre novembro de 2001 e 2007, o mercado brasileiro de ações subiu 369 %, o da Índia avançou 499 %, o da Rússia 630 %, e o da China 817 %. Com isso tudo, o grupo já foi responsável por 39 % do volume mundial de ofertas públicas iniciais (IPO) de ações em 2007.



CRIAÇÃO DO GRUPO BRIC


Em 16 de maio de 2008, na cidade russa de Yekaterinburg, as 4 maiores economias emergentes do mundo finalmente acertaram a formalização do GRUPO BRIC, a fim de ratificar seu peso na economia global.


"Trata-se de uma iniciativa do Brasil que todos apoiamos", disse o chefe da diplomacia russa, Serguei Lavrov, que afirmou que Moscou concede uma grande importância ao diálogo no marco do GRUPO BRIC.


De acordo com Lavrov, "o formato BRIC não é algo inventado, mas fruto da vida própria, pois em grande medida são os elevados ritmos de crescimento econômico dos países do grupo os que garantem o desenvolvimento estável da economia mundial".


"Agora, quando tanto se fala de reformar a arquitetura financeiro-econômica global, temos muitos assuntos a debater dentro do grupo, incluindo a defesa de nossos interesses comuns", destacou.



A reunião de Yekaterinburg
(na região dos montes Urais, a leste de Moscou) foi o primeiro encontro exclusivo realizado pelos quatro chanceleres do novo grupo. O ministro indiano das Relações Exteriores, Pranab Mukherjee, disse que o bloco havia protegido o mundo desenvolvido de uma recessão econômica maior nos últimos anos.


Todos concordaram em preparar uma reunião entre seus ministros de Finanças e Economia. O anúncio foi feito por Lavrov, depois de se reunir com o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim; e os chanceleres chinês, Yang Kiechi, e indiano, Pranab Mukherjee.


Lavrov anunciou que o próximo contato dos chanceleres do grupo ocorrerá durante a 63ª Assembléia Geral da ONU (Organização das Nações Unidas) em Nova York, enquanto a próxima reunião independente será realizada em 2009 na Índia.


O chefe da diplomacia russa ressaltou o fato de que este terceiro encontro ministerial do grupo será realizado pela primeira vez de forma independente, e não no marco de algum fórum internacional, no que viu "uma prova da nova qualidade do diálogo".



Os quatro Países confirmaram as aspirações de trabalharem entre si e com outras Nações a fim de fortalecer a segurança e a estabilidade internacionais.
Disseram ainda que desejam ampliar a cooperação recíproca em uma série de frentes para encontrar formas de minimizar o fardo da disparada do preço dos alimentos.


O grupo, que responde por 40 por cento da população mundial, criticou os Países desenvolvidos por subsidiarem seus produtores rurais. O chanceler indiano criticou os "produtores ineficientes" dos Países desenvolvidos que recebem subsídios, o que prejudicaria os esforços das Nações em desenvolvimento para alimentar suas populações, as mais atingidas pelo aumento dos preços.


Já Celso Amorim citou a questão do excesso de produção nos Países ricos, devido ao auxílio financeiro aos agricultores, como um fator que ao longo do tempo acabou agravando o problema alimentar no mundo.


Os subsídios, principalmente na exportação dos saldos de alimentos dos Países ricos, deprimiram os preços dos produtos agrícolas há alguns anos, desestimulando o cultivo em muitos Países em desenvolvimento que agora enfrentam escassez.


A China defendeu uma maior cooperação entre os produtores e os consumidores de combustíveis a fim de reduzir a volatilidade dos preços no mercado internacional de petróleo.


A Rússia é o segundo maior exportador de petróleo do mundo, ao passo que a China é o segundo maior importador do produto.


Analistas afirmam que, apesar de os Países do BRIC registrarem altas taxas de crescimento e ambições geopolíticas, a cooperação entre eles ainda vê-se prejudicada por uma falta de confiança mútua.




SUL-SUL-SUL (G-3 ou IBSA)


O Tratado de Cooperação "Sul-Sul-Sul", ou G-3, entre Brasil, África do Sul e Índia deverá ter grande avanço dado o sucesso da reunião entre os Presidentes do Brasil e África do Sul e o Primeiro-Ministro da Índia, no Encontro do G-8 ampliado, em Evian (França), em junho do ano anterior.


Logo em seguida, ainda em junho, houve outro encontro em Brasília, entre os Ministros das Relações Exteriores, Celso Amorim, Nkosazana Zuma (África do Sul) e Jaswanth Sinha (Índia).


Os três Países possuem posições e interesses semelhantes em diversos pontos da agenda internacional e são potenciais Membros Permanentes do Conselho de Segurança da ONU, a ser remodelado e ampliado, por serem atores importantes em suas respectivas regiões.


Os 3 Países firmaram cooperação em ciência, tecnologia, educação, saúde e turismo, e inclusive de Defesa. Concluiram também acordos em áreas como transporte e facilitação de comunicações com os demais países das 3 regiões (América do Sul, África e Ásia), o que pode vir a multiplicar os interesses e ganhos de todos.


Na área de saúde, tornou-se urgente o apoio do Brasil e da Índia na dramática luta contra a AIDS na África do Sul, problema que vem ameaçando destruir a África inteira.




ORIENTE MÉDIO


Existem conversações para um possível Acordo do Brasil e do Mercosul com a Liga Árabe - Bloco de 22 Países Árabes do Oriente Médio, que representa um fantástico e sofisticado mercado de consumo e que deseja afastar-se da política implementada por Washington. Vários avanços foram alcançados com e após a visita de Lula à Região em dezembro de 2003.



(Clique no mapa abaixo para ver imagem gigante)

Oriente Médio

O Oriente Médio.



Como exemplo de oportunidade, o País vendia há pouco tempo menos de US$ 200 milhões em carnes aos 22, que compram no mundo mais de US$ 3 bilhões ao ano.




MERCOSUL


No âmbito da América Latina, o Brasil tentou obter sem sucesso um Acordo de Integração Regional entre todos os Países, dentro da denominação MERCOSUL (1 2), especialmente os Amazônicos e o México, visando a um futuro mercado comum integrado e mesmo a defesa e a preservação de soberania. Seria também chamado de AMERCOSUL.



Presidentes Lula e Kirchner

Presidentes Lula e Kirchner.
(Foto Agência Brasil)




Com a realização da 17ª Reunião de Cúpula do Grupo do Rio em abril de 2003 - em Cuzco, Peru, entre os governantes de 19 Países da América Latina e Caribe, o enfoque inicial de América do Sul fora expandido para uma integração ainda maior, a América Latina e o Caribe.


Os 19 Países que assinaram o “Consenso de Cuzco” foram Peru, Brasil, Argentina, Bolívia, Colômbia, Costa Rica, Chile, Equador, El Salvador, Guatemala, Guiana, Honduras, México, Nicarágua, Panamá, Paraguai, República Dominicana, Uruguai e Venezuela.


Entretanto, para o Presidente Lula não haveria integração na América Latina se não houver a compreensão de que “é preciso fazer a integração física do continente”. Isso é : construir estradas, pontes e ferrovias de acesso, além de rotas aéreas hoje inexistentes.


Somente a América do Sul importava US$ 100 bilhões ao ano em bens e serviços de todo o mundo, mas o Brasil atendia esse mercado em menos de 10 %. Isso precisa ser imediatamente corrigido em uma via de 2 mãos (importar e exportar).


O Mercosul teve seu primeiro acordo comercial extra-regional ao firmar um tratado com quatro Países africanos e ratificar outro com a Índia. Tais acordos baseiam-se no G-3 de Brasil, Índia e África do Sul.


Botswana, Lesoto, Namíbia, África do Sul e Suazilândia, que formam a União Aduaneira da África do Sul, assinaram o acordo com Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai.



Lula - Mercosul - DEZ 2004

Foto oficial histórica de Chefes de Estado em frente ao Museu da Inconfidência.
Reunião do Conselho do Mercado Comum do
Mercosul, em Ouro Preto,
Minas Gerais, Brasil
- 17 de dezembro de 2004.
(Foto Marcello Casal Jr. - Agência Brasil - 77900)


BRASIL E MÉXICO


Foi anunciado em 29 de maio de 2004 que, em 8 de julho, o México faria a solicitação formal para tornar-se membro do Mercosul. De fato, na data combinada
, os Presidentes Lula e Vicente Fox acertaram, durante encontro em Brasília, o ingresso do México no Mercosul, como membro associado, a exemplo de Chile, Peru e Bolívia. O México demonstrou firme disposição para um breve acordo de livre comércio com o Mercosul.


Os Presidentes Lula e Fox reiteraram o interesse em fortalecer a cooperação nos fóruns multilaterais em temas que preocupam ambos os países, como combate à corrupção e ao narcotráfico. O presidente do México citou ainda a importância do intercâmbio comercial com a Embraer e o compromisso de trabalho conjunto na produção agropecuária.


A parceria entre Brasil e México também envolverá cooperação científica e tecnológica, em especial no setor energético. Durante a reunião, foi criada a Comissão Binacional Brasil-México, co-presidida pelos chanceleres dos dois Países. A comissão dará direção estratégica ao relacionamento bilateral.




UNIÃO EUROPÉIA


Em 4 de julho de 2007, a União Européia (UE) estabeleceu uma parceria estratégica com o Brasil semelhante às que apenas existem com a China, Índia, Canadá, EUA e Rússia.


O interesse dos europeus é somente o potencial que o Brasil tem de fornecer biocombustíveis à altura da crescente demanda do grupo nos próximos anos, quando poderá chegar a 10 % do consumo de combustíveis, caso consigam chegar a um consenso interno.


Segundo os europeus, o novo patamar das relações com o Brasil daria coerência à política externa da UE, que agora prioriza todos os BRIC - Brasil, Rússia, Índia e China. Bruxelas vê o Brasil como um ator essencial na luta contra o aquecimento global, uma das prioridades da UE.



(Clique na foto abaixo para ver imagem gigante)

O Presidente Lula participa da sessão de encerramento da Cúpula-Empresarial Brasil-União Européia, na Feira Internacional de Lisboa, em 4 de Julho de 2007.
(Foto Wilson Dias - ABr - 1802wd987)



Visto de uma perspectiva mais ampla, a UE estaria interessada em ampliar o diálogo político e tornar mais efetiva a cooperação no cenário internacional em temas globais como segurança internacional, energia, transportes, ciência e tecnologia.


Do ponto de vista do Brasil, as conseqüências da condição de parceiro estratégico parecem claras, pois foram lançadas as bases para um relacionamento mais estreito com um dos mais importantes parceiros políticos, econômicos e comerciais do Brasil.


Com esse salto qualitativo, as relações bilaterais tenderão a se estreitar, colocando o Brasil como o principal interlocutor da UE na América do Sul. Os vínculos empresariais tenderão a se ampliar, propiciando um maior contato entre empresas de ambos os lados.


O Brasil deverá assumir novas responsabilidades e aprofundar o processo de diferenciação em relação a seus vizinhos, inclusive os do Mercosul. O mais importante é aproveitar essa oportunidade para alcançar maior projeção externa do País.




OUTROS ACORDOS


A partir de 2007, o Brasil passou a ter uma percepção externa muito mais positiva, vendo crescer o peso de sua economia, com a aproximação do status de investment grade (recebida em 30 de abril de 2008), o que abriu novos espaços de projeção no cenário internacional para os próximos anos.


A primeira prova disso foi a decisão da União Européia de escolher o Brasil como aliado estratégico na América do Sul. Isso tudo é fundamental para as discussões sobre o G-8 em seu formato ampliado G-13 (com Brasil, China, Índia, África do Sul e México), e ainda para o convite para entrar na OCDE.


Ressalte-se que outros acordos comerciais e de integração
seriam possíveis para o Brasil, simultaneamente, como esse com a União Européia.


Para alcançar-se algum acordo com os EUA (exceto ALCA) teriam que ser colocados em segundo plano (OMC) os subsídios agrícolas e as grandes barreiras protecionistas dos EUA, que representam o maior e mais sofisticado mercado consumidor do mundo (a Europa e a Ásia só cresceram por isso).


Brasil e EUA tornaram-se aliados na causa dos BIOCOMBUSTÍVEIS em 2007, embora o etanol feito do milho pelos americanos não seja um aliado assim tão desejável para a nossa cana-de-açúcar, pois a falta de milho como alimento no mercado provoca uma forte distorção de preços de alimentos, prejudicando a imagem de todo o etanol mundial.




Lula em Camp David com Bush

Lula é recebido pelo casal Bush em Camp David, 31 de março de 2007.
(Ver Declaração Conjunta e Transcrição da entrevista coletiva com vídeo).
(Foto Ricardo Stuckert - PR - ABr 31032007G00001)



Na África e no Oriente Médio, há um interesse genuíno de aproximação com o Brasil. O Presidente Lula fez a primeira visita com sucesso às duas Regiões em 2003 para tratar do assunto e tem havido enorme progresso desde então. Em 2008, os BRICs resolveram lançar programas conjuntos de desenvolvimento para a África.




A Economia Brasileira Hoje




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Fonte:defesabr

O Pré - Sal



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O PRÉ-SAL

E O ETANOL

SÃO NOSSOS




Lula - Mão com Pré-Sal

Montagem com o Presidente Vargas em 1953 na fase
do "Petróleo É Nosso" e com o Presidente Lula na
nova fase do "O Pré-Sal e O Etanol São Nossos",
oficialmente iniciada em 2 de setembro de
2008, com a primeira extração.
(Foto-montagem da Folha de São Paulo)




INTRODUÇÃO

A EPOPÉIA DO PRÉ-SAL

PORQUE A PETRO-SAL

A PETROBRAS E A PETRO-SAL UNIDAS

VALOR DAS RESERVAS

A PETROBRAS

O PETRÓLEO NO BRASIL

FONTES & LINKS





INTRODUÇÃO


Desde 2007, o Brasil desenvolve um plano de expansão da produção de etanol para exportação a nível global. O plano teve início com uma pesquisa da Unicamp, que verificou a viabilidade de o etanol brasileiro substituir 10 % da gasolina no mercado mundial, em 20 anos.


Tal levantamento indicou que, para o Brasil chegar a essa posição, será necessário investir R$ 20 bilhões anuais em produção e logística. A estratégia é exportar gasolina já misturada com etanol, em até 25 %, como no mercado doméstico.



VÍDEO - BRAZIL AND THE ENERGY
OF TOMORROW (06:04 MIN)




Interessante entrevista de Lou Ann Hammond, especialista do site Carlist.com,
para John
McElroy da Autoline Detroit TV, falando sobre a futura estratégia
brasileira de exportar gasolina misturada com etanol para o mundo.



Nessa linha, as novas descobertas do Pré-Sal ganham uma surpreendente dimensão estratégica para o Brasil, pois suas gigantescas reservas de petróleo leve serão exploradas e refinadas internamente, conduzindo o país a um grande crescimento da produção de etanol para exportação de ambos misturados a nível global.


A primeira extração do Pré-Sal ocorreu em 2 de setembro de 2008 no poço 1-ESS-103A, no Campo de Jubarte, da Bacia de Campos, interligado à plataforma P-34. Este poço está localizado a 70 km da costa do Espírito Santo, com o óleo sendo extraído a 4.700 metros de profundidade. A previsão é que o poço tenha vazão de até 18 mil barris por dia (bpd) de petróleo.



Lula e o primeiro Óleo

Lula apresenta ao mundo o primeiro óleo extraído da camada pré-sal
em 2 de setembro de 2008. Sua pose representaria uma interessante
referência à Estátua da Liberdade de Nova York, na medida
em que o Pré-Sal deverá representar uma futura
liberdade econômico-financeira do Brasil.
(Foto Ricardo Stuckert / PR - 02092008G00004v)




VÍDEO - LULA E O PRIMEIRO
ÓLEO DO PRÉ-SAL (02:06 MIN)



Lula inaugura uma nova era com o primeiro óleo extraído da
camada pré-sal, na histórica data de 2 de setembro de 2008.




No mesmo dia, foi noticiado que a balança comercial do petróleo tivera déficit de US$ 5,44 bilhões nos primeiros 8 meses de 2008, valor maior que o dobro do mesmo período em 2007: US$ 2,38 bilhões. A corrente de comércio do petróleo (soma das exportações e das importações) foi de US$ 36,94 bilhões.


A produção do Pré-Sal começou com um Teste de Longa Duração (TLD), que servirá de parâmetro para que se possa observar o comportamento do seu óleo, tanto no reservatório como na unidade de processamento da plataforma. O teste deveria durar 1 ano.



Plataforma da Petrobras no Rio

Plataforma da Pretrobras dentro da Baía de Guanabara.
(Foto Agência Petrobras)



Houve uma elevação na produção nacional em cerca de 460 mil bpd com a entrada de mais 3 plataformas no segundo semestre de 2008, sendo elas a P-51 no módulo 2 de Marlim Sul com capacidade para 180 mil bpd; a P-53, em Marlim Leste, também com 180 mil b/d; e a Cidade Niterói, também Marlim Leste, com 100 mil b/d.


As plataformas P-52 e P-54, instaladas entre 2007 e 2008, atingiram o pico no final de 2008 e passaram a produzir a partir do primeiro semestre de 2009 o equivalente a 80 e 52 mil bpd.




(Clique na arte abaixo para ampliação)

Campos

Esquema com as plataformas da Petrobras
espalhadas pelos diversos campos.

(Arte Valor)



Algumas poucas máximas já estão se tornando pensamento comum aos brasileiros a respeito de qual tipo de aproveitamento o país deverá obter do Pré-Sal :

g Não repetir os erros que outros países produtores de petróleo
cometeram nas épocas de fartura, deixando suas
populações na
pobreza quando o óleo acabou;


g Ser um exportador de produtos refinados misturados com etanol,
fortalecendo o biocombustível nacional com essa venda casada;

g Ser um exportador de produtos advindos da indústria petroquímica,
o que levará o valor adicionado do óleo a crescer 40 vezes sobre o
valor do petróleo bruto;


g Apostar pesado na educação, de modo a revolucionar essa área,
vindo a moldar uma grande e forte classe média consumidora; e


g Desenvolver uma forte base industrial mecânica e naval, para atender
localmente à pesada demanda de equipamentos, sondas, plataformas
e navios.



O fator educacional é primordial e precisa ser pensado como serviço público universal de extrema qualidade, passando o País a trabalhar com afinco a tenra idade, de zero a seis anos, reformulando e recriando as massas para um novo padrão de bem-estar social, e proporcionando uma pesada formação em doutorado a níveis indianos e chineses, ou seja, com muitos milhares de dedicados, aqui e no exterior.


E isso precisa ir muito mais longe.
O site DEFESA BR, desde seu início em 2001, vem apostando na revolução nacional em Pesquisa Científica e Desenvolvimento Tecnológico com Inovação - PD&I, pois o recurso estratégico para o desenvolvimento econômico e social e para a sobrevivência nas Guerras Frias modernas é o domínio da tecnologia com INOVAÇÃO.




A EPOPÉIA DO PRÉ-SAL



Lula e Mecânico

Charge da Folha de São Paulo com o motorista da presidência
reclamando
com o mecânico do incrível defeito no
radiador do Rolls_Royce presidencial.

(Arte Folha de São Paulo)



Há 130 milhões de anos começou a separação entre a África e a América do Sul. No meio, surgiu um lago que deu origem ao Atlântico Sul. O material orgânico foi sepultado debaixo do sal. Posteriormente, outros elementos se depositaram. A combinação de temperatura e pressão converteu a matéria orgânica em petróleo. Movimentos tectônicos deslocaram o sal.


Parte desse petróleo migrou para cima das "janelas" de sal. Até aí a história era conhecida, pois
o Brasil tornou-se líder mundial em tecnologia de exploração em águas profundas.


A novidade está
nos campos submarinos de petróleo existentes abaixo desse enorme e espesso lençol de sal de Pré-Sal. Trata-se de uma espécie de “segundo subsolo” das bacias petrolíferas. O sal dificulta e encarece a extração, porém preserva um óleo leve e de ótima qualidade.



VÍDEO - ENTENDA O PRÉ-SAL (01:34 MIN)



Reportagem da TV Brasil explicando o Pré-Sal.



Pois a Petrobras anunciou em 2007 a descoberta de uma nova província petrolífera, situada em mar a grandes profundidades, abaixo da camada de sal, capaz de colocar o Brasil, no futuro, entre os maiores Países do mundo em termos de reservas de óleo e gás.


O anúncio foi acompanhado pela aprovação de uma resolução no Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) determinando a exclusão de 41 blocos que seriam leiloados na 9ª Rodada de licitações da Agência Nacional do Petróleo (ANP). Estes blocos estão na área de influência da nova fronteira exploratória e têm grande potencial de descobertas.


No Campo de Tupi, na Bacia de Santos, que fica dentro da nova mega-província petrolífera, a Petrobras estimou volume recuperável de óleo leve de alto valor comercial (28 graus API) entre 5 bilhões e 8 bilhões de barris (bb) de petróleo e gás natural.



Reservas de Tupi

Esquema sobre o Campo de Tupi, pequena
partícula da Mega-Província do Pré-Sal
.
(Arte Gazeta do Povo)



Só esta descoberta poderá aumentar em mais de 50 % as reservas de petróleo e gás natural do país, que somavam 13,9 bilhões de barris de óleo equivalente (Boe) em 2008.


Em 10 de setembro de 2008, a Petrobras anunciou que as reservas comprovadas no Campo Iara eram de até 4 bb. Somados aos 8 bb de Tupi, as reservas máximas chegariam a 12 bb, ainda faltando a contagem de 6 dos atuais 8 campos do Pré-Sal. Só aí as reservas brasileiras já estvam crescendo 86 %.


O presidente da Petrobras disse à época que, quando toda a nova província petrolífera estiver sendo explorada, o Brasil deverá ficar entre as 8 ou 9 maiores reservas do mundo.


Em 2008, a 8ª posição no ranking de reservas mundiais de óleo e gás era da Líbia, com 41,5 bilhões de Boe.
A Petrobras e o Brasil, já que ela conta com quase 100 % das reservas nacionais, alcançavam o 15º lugar mundial de reservas de petróleo, contabilizando 13,9 bb. Já superara o México, ainda grande exportador, que registrava reservas de 12,9 bb de óleo e ocupava o 16º lugar.



Reservas Mundiais

Gráfico com as reservas do Brasil em apenas 15º lugar
mundial em 2008, contabilizando 13,9 bilhões de barris.




A intenção da estatal é implantar um projeto-piloto de produção na área de Tupi, associado à produção de gás, de cerca de 100 mil bpd, a partir de 2010-2011. A Petrobras é a operadora do campo de Tupi, no qual tem participação de 65 %. O restante está nas mãos da britânica BG, com 25 %, e da Petrogal - Galp Energia, com 10 %.


A nova fronteira exploratória se estenderia por mais de 800 km, de Santa Catarina ao Espírito Santo, e teria 200 km de largura. Incluiria as bacias do Espírito Santo, Campos e Santos, em rochas denominadas Pré-Sal.


Segundo a Petrobras, o Pré-Sal são rochas reservatórios que se encontram abaixo de extensa camada de sal. Os reservatórios situam-se em lâmina d´água que varia de 1,5 mil a 3 mil metros de profundidade. Para chegar até eles, é preciso furar ainda 3 mil a 4 mil metros de rocha.



Para atingir as camadas de Pré-Sal, entre 5 mil e 7 mil metros de profundidade, a Petrobras desenvolveu novos projetos de perfuração. Nos últimos dois anos, foram perfurados 15 poços, com investimentos de US$ 1 bilhão, que chegaram ao objetivo.


Do total, 8 poços responderam de forma positiva em produção. Os reservatórios perfurados na Bacia de Santos são semelhantes aos da Bacia do Espírito Santo, o que, para a Petrobras, reforça a hipótese de extensão dos reservatórios na área.



A Petrobras pretendia investir entre 2008 e 2012, US$ 112,4 bilhões. Desse total, US$ 65,1 bilhões seriam destinados à exploração e produção. O total de investimentos poderá gerar uma média anual de 917 mil novos postos de trabalho, mesmo durante a crise mundial.


Até 2010, a empresa pretende contar com 9.621 km de dutos no País. Em 2003, eram 5.804 km. Cinco novas refinarias serão construídas noBrasil, ressaltando-se que a última foi inaugurada em 1980.




Petrobras investe

Petrobras anunciando investir US$ 112,4
bilhões entre os anos de 2008 e 2012

(Foto Roosewelt Pinheiro/ABr)



Ela precisará encomendar navios-sonda para atuar na exploração em alto-mar. Serão 28 embarcações construídas no Brasil e 12 no exterior ao preço que varia entre US$ 700 milhões e US$ 1 bilhão. Essa política industrial do petróleo terá o foco na produção de máquinas e equipamentos para as elevadas demandas previstas para essa cadeia.


A entrada em operação do Campo de Tupi, em camada de Pré-Sal na Bacia de Santos, prevista para acontecer até 2014, contribuirá para redução das importações de óleo leve e diesel feitas pela companhia.




Campo de Tupi

Localização do Campo de Tupi, com óleo
leve do Pré-Sal, na Bacia de Santos
.
(Arte Estado de São Paulo)



Os campos estão situados a 250 km da costa. A Petrobras está em contato com empresas que detêm tecnologia para aproveitamento do gás dos campos no próprio local. Uma alternativa é instalar térmicas flutuantes que poderiam enviar energia para o continente por meio de cabos submarinos.




PORQUE A PETRO-SAL


Até o Pré-Sal brasileiro, as Américas não tinham como saciar a sede dos EUA por petróleo. As reservas do México já estão em decadência, pois há pouco eram de 52 bb e hoje são de 17 bb.


A Venezuela tem reservas interessantes no Orinoco, mas não será capaz de explorá-las enquanto o presidente Chávez continuar expulsando as petroleiras e operadoras estrangeiras e usando o dinheiro da PDVSA, encolhendo-a.


O Canadá tem 175 bb de reservas nas geladas areias betuminosas de Alberta, mas o risco ambiental e os custos de extração são
extremamente elevados. Com a queda da cotação do petróleo abaixo de US$ 50, tal extração ficou proibitiva


Alguns países fora do Oriente Médio já ficaram sem petróleo: a Indonésia exportou, participou da Opep e vendeu seu óleo a US$ 3 o barril; já em 2008, chegou a importar acima de US$ 100 o barril. Triste aventura essa.



VÍDEO - OIL DISCOVERY IN BRAZIL (00:06 MIN)



"Ooooo, Aaaaah, I'm all pumped up and
just can't stop from stepping the samba!"



O Reino Unido não é mais exportador de petróleo no Mar do Norte, pois consumiu e vendeu demais. A Rússia entrou de novo no "Eixo do Mal" com a invasão da Geórgia e seu fornecimento passou a ser considerado um grande risco estratégico para os EUA e a União Europeia.


Este é o pano de fundo de um possível pesadelo geopolítico brasileiro. Não interessa ao Brasil que o Atlântico Sul se converta em um Oriente Médio.


A gigantesca mega-província petrolífera em toda a camada de Pré-Sal, com 800 km de extensão e 200 km de largura, em 160 mil km2 (100 mil milhas), do Espírito Santo a Santa Catarina, poderá fazer o Brasil superar a marca de 100 bb em reservas, um crescimento de 7 vezes e abrindo um novo paradigma em energia e estratégia para o Brasil.


Com as melhores perspectivas possíveis de futuro, o Brasil estaria produzindo por volta de 2022 algo como 11 milhões de barris diários de petróleo, parte dos quais seriam beneficiados aqui.




N


PRODUÇÃO E EXPORTAÇÃO DE PETRÓLEO
EM MILHÕES DE BARRIS / DIA
COTAÇÃO MÉDIA ENTRE US$ 50 E US$ 250


ANO
PROD.
DIÁRIA
EXP.
DIÁRIA
EXP.
ANUAL
US$ BI/ANO A US$ 50
US$ BI/ANO A US$ 100
US$ BI/ANO A US$ 150 US$ BI/ANO A US$ 200
US$ BI/ANO A US$ 250
2010
2,4
0,5 182,5
9,13 18,25
- -
-
2015
4,5
2,5
912,5
-
91,25
136,88 -
-
2020
10,0
8,5
3.102,5
-
-
465,38
620,50 -
2022
12,0
11,0
4.015,0
-
-
-
803,00
1.003,75
2025
13,0
12,0
4.380,0
-
-
-
-
1.095,00

Projeção de ECONOMIA BR com 12 mb diários exportados em 2025, considerando-se baixa
demanda interna devido ao uso intensivo de combustíveis limpos. Não está sendo
considerado aqui o aproveitamento do petróleo do Pré-Sal em forma de
derivados, que multiplicará os valores acima por até 40 vezes.
Atualizado em junho de 2009 com cotações do
petróleo a US$ 70 por barril de 159 litros.




O DEFESA BR já dizia há tempos : "mas elas poderão, rapidamente, chegar a 60 bilhões de barris, pois novas surpresas estão surgindo, como os reservatórios que estão em novas áreas ainda não divulgadas e abaixo das jazidas já em fase de produção na Bacia de Campos. Estudos indicaram a possibilidade de ali estarem armazenados mais 30 bb de óleo leve."



VÍDEO - LULA FALA SOBRE PRÉ-SAL -
JORNAL DA BAND (00:20 MIN)




O governo Lula descarta a manutenção do regime de concessão e a adoção do sistema de prestação de serviços para a exploração de petróleo na camada Pré-Sal.


A idéia é administrar as reservas ainda não-licitadas pelo regime de partilha de produção, em que a União fica com a maior parte do petróleo extraído (como 80 %) e a exploração é paga às companhias petrolíferas por meio de uma cota do produto (como 20 %).


O Palácio do Planalto quer propor nova lei do petróleo, mesmo com interpretações de que ela permitiria a adoção do regime de partilha. Uma razão de natureza jurídica para a mudança do sistema de exploração de petróleo é que o uso do atual marco regulatório para fazer o regime de partilha pode ser questionado futuramente na Justiça.


Nos debates realizados pela comissão interministerial instituída para tratar da reformulação da lei do petróleo, a possibilidade de adoção do sistema de prestação de serviços foi rejeitada.


Foi concluída a avaliação dos sistemas de exploração existentes em outros países, e o modelo norueguês, em que uma empresa estatal de capital fechado - a Petoro - administra as reservas sem explorá-las diretamente, tornou-se o mais admirado.


A idéia de criação de uma estatal para gerenciar as reservas de Pré-Sal está cada vez mais forte e já ganhou um nome carinhoso - PETRO-SAL. Com a criação da estatal e a adoção da partilha, as empresas que exploram petróleo no Brasil, inclusive a Petrobras, deixarão de ter controle sobre todo o petróleo extraído.


A futura estatal deverá contratar, em regime de partilha, outras petrolíferas para o trabalho de exploração. O governo acredita que a Petrobras, por causa de seu desenvolvimento tecnológico, não será prejudicada na competição.


Já está decidido que as áreas descobertas e leiloadas da camada Pé-Sal - 25 % do total - serão mantidas nas mãos das companhias que ganharam as licitações.


A exploração desse petróleo será feita de acordo com as regras do atual regime de concessão, mas a Participação Especial (PE) do Governo pode chegar a 80 %.



Lula e Petróleo

Charge da revista inglesa The Economist, parodeando Lula
sentindo-se Deus, como o Cristo Redentor e os morros do
Rio de Janeiro, hoje ironicamente repletos de violentas favelas.
(Arte The Economist)



Em junho de 2008, o custo médio de extração de óleo bruto da Petrobras foi de US$ 9,88 por barril. Considerando-se toda a participação governamental (PE, royalties e impostos), esse custo subia para US$ 31,08. Com o barril cotado na faixa de US$ 100,00, a estatal e suas congêneres estariam ganhando um bom dinheiro; portanto, o reajuste da PE não causaria grande impacto.




A PETROBRAS E A PETRO-SAL UNIDAS


Em setembro de 2008, a Petrobras tinha se planejado para extrair e processar somente uma pequena parcela do potencial de até 12 bb de petróleo dos poços de Tupi e Iara. A empresa já os via como um desafio.


Mas esses dois poços estão localizados no mesmo bloco BM-S-11, o que ainda é somente a "ponta do iceberg" do Pré-Sal. Localizados
na Bacia de Santos, eles representam apenas 25% dos oito poços trabalhados ali pela Petrobras e seus sócios.


Tal gigantesca mega-província petrolífera teria 160 mil km2 ou mais e abraçaria as Bacias de Santos, Campos e Espírito Santo. Ela poderá fazer o Brasil superar a marca de 100 bb em reservas, vindo a exigir muito mais esforços.


A Petrobrás anunciou, em 15 de setembro de 2008, a contratação de 10 novas plataformas para o Pré-Sal da Bacia de Santos. As duas primeiras serão afretadas e chegarão ao Brasil somente entre 2013 e 2014 para testes de produção, e custarão US$ 1,5 bilhão cada.


As outras oito serão construídas no estaleiro Rio Grande (RS) e serão instaladas entre 2015 e 2016. Deverão custar US$ 1,8 bilhão cada e pertencerão a Petrobras. As 2 primeiras produzirão 100 mil barris por dia, enquanto os oito navios-plataforma terão capacidade para produzir 120 mil bpd, o que somará 1,160 milhão de bpd em 2016.


Para cada sistema produtivo (plataforma e equipamentos de apoio), serão necessários investimentos em torno de US$ 7 bilhões. Não se sabe ainda quantos sistemas o Pré-Sal exigirá, mas a empresa prevê que ultrapassem 60. E ela sozinha não conseguirá financiar nem levantar US$ 420 bilhões, e muito menos operacionalizar todos esses sistemas.


Portanto, esse esforço ainda é lento e muito limitado para a dimensão de todo o Pré-Sal brasileiro. Obviamente, a Petrobras sozinha só dará conta de uma pequena fração do que se espera desse potencial e não se pode exigir dela mais que isso, até pelo fundamental fator de segurança.


Por maior que ela seja, ainda será pequena para abraçar a empreitada sozinha. Em 2016, o Brasil já deveria estar processando algo como 9 milhões de bpd no Pré-Sal, quase 8 vezes mais do que ela planeja produzir ali no período.


Com a criação da estatal PETRO-SAL, a Petrobras deixará de ditar o ritmo que o país deseja para os próximos anos. Muitas outras empresas de todo o mundo serão chamadas e somente todas juntas sob a firme tutela do Estado poderão vencer o imenso desafio à frente.




VALOR DAS RESERVAS


O que importa é que o governo quer mesmo comandar o ritmo de extração do Pré-Sal, manter reservas estratégicas, definir a quantidade exportada, privilegiando bastante a quantidade refinada, mais rentável, e ainda misturando com etanol, mais rentável ainda para o país.


Com beneficiamento adequado para agregação de valor por meio de refino e outros processos mais sofisticados de transformação - caso da petroquímica, a multiplicação agregada poderia fazer o valor adicionado do óleo do Pré-Sal crescer 40 vezes, o que elevaria essas exportações em 2025 a US$ 40 trilhões.


Como uma reserva de 100 bilhões de barris poderia valer cerca de US$ 10 trilhões a US$ 100 o barril, a multiplicação agregada de 40 vezes levaria essa cifra a US$ 400 trilhões. Isso equivaleria a 300 vezes o PIB Nominal brasileiro de 2007, de
US$ 1,333 trilhão. Com o Barril retornando a US$ 150, a multiplicação agregada elevaria essa cifra a US$ 600 trilhões.


N


O Brasil estaria exportando 12 mb diários em 2025, mas com produtos com agregação média de 20 vezes (50%). Naquele ano, essas exportações renderiam ao país quase US$ 22 trilhões.



PRODUÇÃO E EXPORTAÇÃO DE PETRÓLEO
MÉDIA DE VALOR AGREGADO DE 20 VEZES
PRODUTOS EM MILHÕES DE BARRIS / DIA
COTAÇÃO MÉDIA ENTRE US$ 100 E US$ 250


ANO
PROD.
DIÁRIA
EXP.
DIÁRIA
EXP.
ANUAL
US$ BI/ANO A US$ 100 x 20
US$ BI/ANO A US$ 150 x 20
US$ BI/ANO A US$ 200 x 20
US$ BI/ANO A US$ 250 x 20
2015
4,5
2,5
912,5
1.825,00
2.736,60 -
-
2020
10,0
8,5
3.102,5
-
9.307,60 12.410,00 -
2022
12,0
11,0
4.015,0
-
-
16.060,00
20.075,00
2025
13,0
12,0
4.380,0
-
-
-
21.900,00

Projeção de ECONOMIA BR com 12 mb diários exportados em 2025, considerando-se baixa
demanda interna devido ao uso intensivo de combustíveis limpos. É feito o aproveitamento
do petróleo do Pré-Sal em forma de derivados, multiplicando os valores do petróleo
bruto por até 40 vezes, porém utilizando-se no quadro acima uma média
de 20 vezes (50%).
Atualizado em junho de 2010 com cotações
do petróleo a US$ 70 por barril de 159 litros.




Como Lula já disse acertadamente que esse óleo pertence ao povo e que o Brasil deve investir em educação, em algumas décadas poderemos ter então o povo mais educado e saudável de todo o planeta. Nada mal depois de mais de 500 anos de tanto atraso.


A esse respeito, o presidente do IPEA declarou que o Brasil precisaria investir algo como US$ 4,4 trilhões para alcançar o atual nível de desenvolvimento social observado nas economias avançadas. Todo esse valor representaria menos de 1,1 % dos US$ 400 trilhões acima.


Ele incluiu investimentos em educação, saúde, habitação, emprego, cultura, previdência social e tecnologia de informação, com a abertura de 100 mil novas salas de aula, contratação de 1 milhão de professores, e instalação de 130 mil bibliotecas.


A mega-província petrolífera da camada de Pré-Sal pode ser ainda muito superior aos 800 km de extensão e 200 km de largura, 160 mil km2, do Espírito Santo a Santa Catarina. Há suspeitas de que a área total se estenda desde a Guiana Francesa até a Patagônia argentina.



Lula - Banho

Charge do Estadão com o Lula feliz dentro de uma
bacia de óleo leve do Pré-Sal, comemorando
na linha do "Nunca Antes Neste País",
como se a descoberta fosse dele.
(Arte Estado de São Paulo)



Nesse caso, o Brasil poderia ter reservas pelo menos 5 vezes maiores que os estimados 100 bb. A marca de 500 bilhões de barris em reservas não representaria mais um impressionante crescimento de 7 vezes, mas de 36 vezes sobre as reservas atuais.


Como reservas de 500 bb poderia valer cerca de US$ 50 trilhões a US$ 100 o Barril, a multiplicação agregada de 40 vezes levaria essa cifra a US$ 2 quatrilhões. Isso equivaleria a inimagináveis 1.500 vezes o PIB Nominal brasileiro de 2007.


O mais incrível seria ver o Brasil, de uma hora para outra, passar a ter as maiores reservas de petróleo do mundo, pois esses 500 bb representariam quase 2 vezes as atuais reservas da inconteste líder Arábia Saudita, com 264,3 bb (ver gráfico).


Em outra comparação interessante no mundo político atual, o Brasil teria ainda reservas 6 vezes maiores que as da Venezuela ou da Rússia, ambas hoje situadas na casa de 80 bb.





A PETROBRAS


A PETROBRAS é uma petrolífera gigante criada pelo estado brasileiro em outubro de 1953 sem muita pretensão senão a de nacionalizar pequena parte de uma atividade então dominada pelas grandes multinacionais da época, como Esso, Shell e Texaco.


No início, ela não possuía qualquer reserva de petróleo ou instalação de refino. Ao longo do tempo, e já em 2008, 53 anos depois, ela conseguiu enfim tornar-se uma pujante gigante de classe mundial e com arrojados planos à frente.




(Clique na imagem abaixo para ampliação)

Plataforma da Petrobras

Plataforma da Petrobras.
(Foto Agência Petrobras)



Ela é famosa mundialmente hoje pela sua tecnologia de exploração de petróleo em alto-mar, já tendo atingido a capacidade de ir a mais de 3 mil metros de profundidade.


Agora, prepara-se para um desafio ainda maior frente a todos os enfrentados até o momento: produzir petróleo nos campos da gigantesca mega-província de Pré-Sal, onde a estória começa a 5 mil metros de profundidade e avança a outros tantos abaixo do leito do mar.


E isso tudo é incrível por tratar-se de uma companhia que em 1999 precisou depender de duros financiamentos para bancar o desenvolvimento da produção de alguns campos gigantes da época, como Marlim e Albacora, na Bacia de Campos. Na época, o petróleo no mercado internacional estava em US$ 11 e a disponibilidade de caixa era bastante inferior à atual.


Essas dificuldades enfrentadas no passado, quando teve que percorrer um longo caminho rumo ao mar para aumentar sua fraca produção de petróleo, são hoje motivo de orgulho da companhia petrolífera.



P-50

Inauguração da plataforma marítima
P-50 em 21 de abril de 2006.
(Foto Ricardo Stuckert - PR -150.486)




O valor de mercado da Petrobras atingiu quase US$ 300 bilhões em maio de 2008, quando chegou a ultrapassar a Microsoft em valor de mercado, ficando atrás apenas da ExxonMobil e da General Electric na lista das maiores empresas das Américas. Foi o ápice da valorização desde a divulgação do imenso potencial das descobertas na camada do pré-sal brasileiro.


Em seguida, veio a queda das commodities e do petróleo em especial.
Com a queda generalizada no mercado de ações, verificada a partir de junho de 2008, o valor de mercado da companhia baixou para US$ 220 bilhões.


Mas o lucro de R$ 8,8 bilhões alcançado apenas no segundo trimestre do ano mostrou que a estatal brasileira já era a empresa de capital aberto mais lucrativa das Américas. O mercado prevê que será a mais bem preparada na retomada mundial.



Protegida por monopólio estatal até 1997, a empresa soube tirar proveito do ambiente de mercado que passou a existir desde então para crescer muito mais e até para se manter virtualmente monopolista. Ela é a única empresa que produz petróleo, gás e derivados, é a única que importa, e é a dona de todos os gasodutos brasileiros.


No ranking mundial das petroleiras, a Petrobras ocupa em 2008 a 15ª posição entre as maiores reservas provadas de petróleo do mundo, excluindo o gás e Líquido de Gás Natural (LGN).


Consideradas apenas as empresas com ações em bolsa - o que exclui as estatais da Arábia Saudita, Irã e Venezuela - a Petrobras ocupa a 6ª posição entre as maiores reservas provadas, atrás apenas da Exxon, PetroChina, Lukoil (Rússia), BP e Shell.


Sua produção também é crescente. Em meados de 2008, eram 2,4 milhões de barris de petróleo e gás no Brasil e exterior, volume que deve aumentar para 3 milhões de barris até 2010, isso sem contar as reservas do Campo de Tupi, na Bacia de Santos, um dos ainda 8 novos campos da gigantesca mega-província abaixo do Pré-Sal.


Outros campos que estão ainda surgindo quase toda semana são : Júpiter, Caramba, Bem-te-vi, Carioca, Parati, Guará e Iara. Muitos outros estão por vir a fim de confirmar o potencial total de reservas brasileiras de até 100 bilhões de barris de petróleo.



Logo da Petrobras



A essa altura, a Petrobras prepara-se para enfrentar seu maior desafio, que é transformar-se na 5ª maior empresa integrada de energia do mundo até 2020. Para isso, ela planeja não só aumentar a produção de petróleo e gás como produzir mais biodiesel e aumentar quase 10 vezes as exportações de Etanol, para os americanos, japoneses e o mundo.


A empresa sente-se confiante em sua capacidade de geração de caixa, que construída nos últimos anos ainda sem essa grande descoberta do Pré-Sal. Trata-se de uma das poucas petrolíferas do mundo que hoje consegue aumentar produção e reservas. Portanto, tem uma capacidade importante de geração de caixa crescente até 2012, auge dos investimentos na nova e gigantesca empreitada.


As descobertas do Pré-Sal significam para a Petrobras o mesmo que a Bacia de Campos significou na década de 70, tendo como grandes diferenças o potencial bastante superior e o ritmo forte com que o óleo será retirado. Se a companhia levou 20 anos para alcançar o desenvolvimento pleno da Bacia de Campos, na Bacia de Santos ela pretende ser muito mais rápida na próxima década, com ou sem a Petro-Sal à frente.


Os tentáculos da Petrobras se estendem por 19 Países e 4 continentes. Ela opera na Africa, América, Europa e Ásia. A lista de Países onde a empresa explora e produz petróleo e gás inclui Estados Unidos, México, Angola, Nigéria, Tanzânia, Moçambique, Senegal, Índia, Portugal, Irã, Paquistão, Líbia, Turquia, Bolívia, Colômbia, Equador, Peru, Venezuela e Argentina.



VÍDEO - BRAZIL RIDES OUT THE OIL
STORM - 21 JUN 08 (03:16 MIN)




A TV árabe AL Jazeera fez interessante matéria sobre o Brasil
se livrando da crise do petróleo em meados de 2008.



Ela refina petróleo ainda na Argentina, EUA e agora Japão, País gravemente protecionista e dependente (o petróleo foi o causador de sua entrada na Segunda Guerra Mundial).


Na área de distribuição de combustíveis, ela tem presença no Uruguai, Paraguai, Colômbia, Argentina e Chile, onde pretende aumentar a participação com a aquisição por US$ 400 milhões dos ativos da Esso.



Poucos sabem que a Petrobras já controlava em 2008, no Brasil e no exterior, outras 248 empresas, das quais 151 diretamente. Em julho de 2008, tinha 71.121 empregados contratados diretamente e 221.566 terceirizados, beirando 300 mil pessoas envolvidas diretamente com ela, podendo atingir um total de 1 milhão, contando-se os indiretos.



Plataforma da Petrobras - Curimã

Plataforma Curimã, da Pretrobras.
(Foto Agência Petrobras)



É no Brasil, contudo, que ela tem presença forte e estratégica. A Petrobras possui 11 refinarias no País, uma delas tendo a Repsol como sócia, e planeja construir pelo menos outras 4 plantas, orçadas em US$ 43 bilhões em 2008.


Com a aquisição de parte dos ativos da Ipiranga, a BR Distribuidora passou a ter um naco de 38,3 % do mercado brasileiro de combustíveis. No gás, ela é absolutamente dominante. É dona de uma malha de gasodutos de 23.142 km, incluindo o Gasbol da Bolívia, e tem outros 5 mil km em construção.



No rastro da entrada do gás natural na matriz energética brasileira, a companhia estendeu sua atuação para a geração de energia elétrica. Hoje, ela tem 16 termelétricas com capacidade de gerar 6.183 MW de energia. No plano estratégico para até 2020, a companhia estuda aumentar sua geração para 16.412 MW, uma capacidade quase 3 vezes maior.



VÍDEO - PLATAFORMAS DA PETROBRAS -
PARTE I (06:41 MIN)






As plataformas FPSO P-43 e P-48 processam 150 mil barris/dia.
Conheça esse processamento a fundo - Parte I.
(Vídeo Petrobras)




VÍDEO - PLATAFORMAS DA PETROBRAS -
PARTE II (05:32 MIN)



As plataformas FPSO P-43 e P-48 processam 150 mil barris/dia.
Conheça esse processamento a fundo - Parte II.
(Vídeo Petrobras)





O PETRÓLEO NO BRASIL


A atividade petrolífera no Brasil inicia-se no século XIX. As primeiras concessões foram feitas em 1858 pelo
Marquês de Olinda, para pesquisa e lavra nas proximidades de Ilhéus, na Bahia, área hoje conhecida como Bacia de Camamu.


Desde então, até 1907, foram registradas concessões na região costeira dos estados da Bahia e do Maranhão, e em São Paulo, nas proximidades da cidade de Rio Claro. Mas as atividades eram amadoras e desorganizadas, com recursos escassos e sem equipamentos adequados.


A partir de 1907, além da iniciativa particular, as pesquisas também foram realizadas por órgãos públicos, mas os resultados continuaram sendo desanimadores.


Na década de 30, surgiu no Brasil a tendência à nacionalização dos recursos do subsolo. Em 1938, toda a atividade petrolífera passou, por lei, a ser obrigatoriamente realizada por brasileiros. No mesmo ano, foi criado o Conselho Nacional do Petróleo (CNP), para avaliar os pedidos de pesquisa e lavra de jazidas de petróleo. As jazidas de petróleo, embora ainda não localizadas, passaram a ser consideradas como patrimônio da União.


A criação do CNP marca o início de uma nova fase da história do petróleo no Brasil. A descoberta de petróleo em Lobato, na Bahia, em 1939, incentivou novas pesquisas do CNP na região do Recôncavo baiano. Em 1941, um dos poços perfurados deu origem ao campo de Candeias, o primeiro a produzir petróleo no Brasil. As descobertas prosseguiram na Bahia, enquanto o CNP estendia seus trabalhos a outros estados.


No final da década de 40, cresceu a polêmica sobre a melhor política a ser adotada pelo Brasil em relação à exploração do petróleo. As opiniões se radicalizavam, em sentidos opostos : havia grupos defendendo o regime do monopólio estatal, enquanto outros eram favoráveis à participação da iniciativa privada.


Depois de uma intensa campanha popular, o presidente Getúlio Vargas assinou, a 3 de outubro de 1953, a Lei no 2004, que instituiu o monopólio estatal da pesquisa e lavra, refino e transporte do petróleo e seus derivados e criou a Petróleo Brasileiro S.A - Petrobras para exercê-lo.


Naquela época, a produção nacional era de, apenas, 2.700 barris/dia, enquanto o consumo totalizava 170 mil barris diários, quase todos importados na forma de derivados.


Em 1963, o monopólio foi ampliado, abrangendo também as atividades de importação e exportação de petróleo e seus derivados. Todo esse empreendimento permitiu o constante aumento das reservas, primeiro nas bacias terrestres e, a partir de 1968, também no mar (onde a primeira descoberta, o campo de Guaricema, no litoral do estado de Sergipe, foi realizada em 1969).



Bacia de Campos

Esquema com as Bacias de Santos, de Campos,
e do Espírito Santo, em diferentes épocas.

(Arte Valor)




Em 1974, ocorreu um grande marco : a localização do campo de Garoupa, a primeira descoberta na Bacia de Campos, no litoral do estado do Rio de Janeiro. Tal descoberta foi decorrente da necessidade de reduzir a dependência do País à oferta de petróleo no mercado internacional, procurando melhorar a performance na balança comercial, uma vez que, em 1973, houve o drástico aumento no preço do barril.


Em agosto de 1997, em função da Lei no 9.478, o Brasil passou a admitir a presença de outras empresas para competir com a Petrobras em todos os ramos da atividade petrolífera. A partir de então, as atividades exploratórias foram intensificadas e, conseqüentemente, houve necessidade para formação e especialização de mão-de-obra para atender às exigências do novo cenário da indústria brasileira de petróleo.


Com o aumento relevante nos investimentos em exploração e produção de petróleo e gás natural, decorrente daquela Lei, foram descobertos outros campos, ainda maiores, na Bacia de Campos (Marlim, Albacora, Barracuda e Roncador) como também foram descobertos outras bacias com campos de igual porte aos citados, como no Espírito Santo (Campos de Jubarte, Cachalote e Golfinho) e depois em Santos (Campo de Mexilhão e BS-500).



Águas Profundas

Evolução temporal das profundidades
em que a Pretrobras explorou.

(Arte Agência Petrobras)



O ano de 2006 marcou a auto-suficiência sustentável do Brasil na produção de petróleo. Com o início das operações da FPSO (Floating Production Storage Offloading) P-50 no campo gigante de Albacora Leste, no norte da Bacia de Campos (RJ), a Petrobras passou a buscar a marca de 2 milhões de bpd. Foi o suficiente para cobrir o consumo do mercado interno de 1,8 milhões de barris diários.


Em 2007, surge a notícia das descobertas do Pré-Sal. Em julho de 2008, a produção da Petrobras de petróleo e gás no Brasil e exterior estava em 2,42 milhões de bpd de óleo equivalentes (boe). Eram 2,195 milhões de bpd no Brasil e 225 mil fora.




FONTES & LINKS


Wikipedia - Petróleo

Blog Defesa BR:

Como Fazer Para o Pré-Sal Formar Um Brasil Inovador






A Economia Brasileira Hoje




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Fonte:defesabr

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