sábado, 25 de setembro de 2010

Reportagens

Pod de Reconhecimento Digital Conjunto da Thales pronto para operar com o Gripen

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A Thales anunciou hoje, dia 24 de setembro, a entrega para Saab AB de seu Pod de Reconhecimento Digital Conjunto (DJRP – Digital Joint Reconnaissance Pod), para instalação nas aeronaves de caça Gripen da Força Aérea da África do Sul (SAAF). A Saab irá agora iniciar uma série de voos de testes de integração. Este anúncio foi feito na ocasião da exibição Africa Aerospace & Defence 2010 na Cidade do Cabo, na África do Sul. Leia mais…

O avião espacial Skylon vai fazer o primeiro voo em 2017

Podemos estar na antecâmara de uma nova era na exploração do Espaço. Uma empresa britânica, a Reaction Engines está a ultimar a concepção do Skylon, um avião espacial que promete revolucionar as viagens espaciais. O Skylon deverá entrar em órbita pela primeira vez em 2017 dando assim arranque a uma era de viagens espaciais mais frequentes e muito mais económicas. Leia mais…

CategoriasAérea, Espaço, tecnologia

Concluir acordo Mercosul-UE será desafio para novo governo

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Daniel Gallas

Da BBC Brasil em Londres

O novo governo brasileiro terá pela frente o desafio de concluir um acordo comercial entre Mercosul e União Europeia que está travado desde 2004, quando os dois lados não conseguiram chegar a um consenso e abandonaram as discussões.

Em maio deste ano, as negociações foram retomadas, mas o acordo só terá chances de ser concluído a partir de 2011. Leia mais…

CategoriasGeopolítica, Opinião

Para analistas, Brasil em alta passa por ‘renascimento’ na Europa em crise

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Daniel Gallas

Da BBC Brasil em Londres

O novo presidente brasileiro, que vai assumir o poder no dia 1º de janeiro de 2011, encontrará uma fase atípica nas relações entre Brasil e Europa.

O Brasil atravessa um momento de otimismo nas relações internacionais, com boas perspectivas de crescimento econômico e desenvolvimento. Já a Europa se recupera com grandes dificuldades do forte impacto da crise econômica global, enquanto enfrenta problemas no seu processo interno de integração, no âmbito da União Europeia. Leia mais…

CategoriasGeopolítica, Opinião

Obama condena discurso ‘odioso’ de Ahmadinejad na ONU

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O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, descreveu como “odiosa” e “ofensiva” a declaração de seu colega iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, de que a maioria das pessoas acreditava que o próprio governo americano teria planejado os ataques de 11 de setembro de 2001.

A afirmação de Ahmadinejad, feita na quinta-feira durante um debate na Assembleia Geral da ONU, fez com que muitos diplomatas americanos e de outros países deixassem o local, em protesto. Leia mais…

CategoriasConflitos, Geopolítica

Governo aumenta participação na Petrobras; entenda a capitalização

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Fabrícia Peixoto

De Brasília para a BBC Brasil

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse nesta sexta-feira que o processo de capitalização da Petrobras permitiu ao governo brasileiro ampliar sua participação na companhia de 40% para 48%.

Depois de meses de expectativa do mercado, a empresa realizou nesta quinta-feira o maior processo de capitalização já realizado no Brasil e um dos maiores do mundo, assegurando um montante de cerca de R$ 120,4 bilhões. Leia mais…

CategoriasEnergia, Geopolítica

Para ‘Economist’, ambição global do Brasil ajuda a modernizar Exército

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Sugestão: Gérsio Mutti

A revista britânica The Economist traz uma reportagem na sua edição desta sexta-feira sobre como as aspirações do Brasil de crescer no cenário político mundial ajudaram o país a modernizar o seu Exército.

Segundo a revista, as missões de paz se tornaram um componente importante na política externa de Luiz Inácio Lula da Silva, como parte de uma estratégia para alavancar o status do país no cenário mundial. Leia mais…

Brasil larga na vanguarda do plástico verde

Clique na imagem para acessar ao infográfico que demonstra a produção do plástico verde.

Gustavo Poloni, iG São Paulo

Braskem inaugura fábrica de R$ 500 milhões de resina obtida da cana-de-açúcar; infográfico mostra como funciona a produção.

Alguns anos atrás, o Brasil assumiu a liderança do mercado mundial de biocombustíveis com a cana-de-açúcar, matéria-prima mais eficiente e barata na produção de etanol. A tecnologia fez com que o modelo brasileiro fosse estudado em todo o mundo. A partir desta sexta-feira, a planta vai colocar o País mais uma vez em destaque, só que desta vez com um novo produto: o plástico verde. Leia mais…

CategoriasCiência, Negócios e serviços, tecnologia

Capitalização da Petrobras não prejudica empresas, diz professor da FGV

Valorização do real frente ao dólar, provocada pela operação, não trará impacto para grandes exportadores, segundo William Eid Jr.
Marcio Orsolini, de EXAME.com
24/09/2010 | 18:01
Arquivo/Exame
Capitalização da Petrobras: injeção de dólares valoriza o real apenas momentaneamente

São Paulo - Uma operação do tamanho da capitalização da Petrobras -- que somou 120,3 bilhões de reais -- tem impacto direto na variação cambial. Com o montante entrando na economia brasileira, o real se valorizará frente ao dólar. O efeito já pode ser sentido nesta sexta-feira (24/9). A moeda americana fechou em queda de 0,52%, negociada a 1,71 real. Como a taxa de câmbio interfere em diversos setores da economia, a emissão da Petrobras poderia afetar, indiretamente, as receitas de grandes exportadores ou as dívidas de empresas com contratos dolarizados.

Mas, para o economista William Eid Jr., professor da Fundação Getúlio Vargas, o impacto da capitalização da Petrobras sobre o caixa de empresas de outros setores será passageiro. "A variação cambial será momentânea e em poucos dias deve se regularizar", afirma Eid Jr. "A valorização do real frente ao dólar seria mais duradoura se houvesse entrada de um grande volume por muito tempo."

Com a valorização do dólar, as dívidas contabilizadas na moeda americana das empresas brasileiras cairiam. Isto poderia favorecer setores como o de aviação, no qual boa parte dos compromissos é dolarizada, como o leasing de aeronaves e o querosene de aviação. O outro lado é a queda do valor arrecadado pelas exportações das companhias com forte presença no mercado externo. Companhias de alimento, mineração e siderurgia, por exemplo, geram mais de 30% -- às vezes, muito mais -- de sua receita com vendas para outros países -- e os contratos são em dólar.

O fato, segundo Eid Jr., é que as grandes exportadoras, como a Vale, podem respirar aliviadas diante da enxurrada de dólares despejados no Brasil pela capitalização da Petrobras. Segundo o economista, a única alteração nos rumos dos negócios das exportadoras ocorreria se algum acordo fosse fechado na semana de alta do real. "Nesse caso, acredito que as empresas tentariam prorrogar as decisões", afirma.

Já no caso das empresas que possuem dívidas em dólar, como a queda da moeda americana deve ser passageira, o alívio no fluxo de pagamentos deve ser pequeno -- isto, se houver, segundo o professor da FGV.

O governo também deu sinais de que está atento ao impacto da capitalização sobre outros setores produtivos। "Tomaremos as medidas adequadas para que o real não seja valorizado", afirmou o ministro da Fazenda, Guido Mantega, em encontro com jornalistas. "Vamos enxugar qualquer excesso de dólar que possa entrar com a operação da Petrobras. Vamos comprar tudo, já estou avisando." Pelo jeito, o Banco Central -- responsável pelas operações de câmbio do governo -- terá muito trabalho pela frente.

फोंते:Revista Exame

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Em entrevista, Laurentino Gomes fala de 1822

http://i0.ig.com/fw/84/37/h0/8437h0eywjsztcb58sa3hzk8c.jpgPedro Alexandre Sanches, especial para o iG

Após 1808, em que mergulha na chegada da família real ao Brasil, escritor e jornalista analisa a Independência nacional.

Não é todo dia que um livro vende 600 mil exemplares no Brasil. A façanha foi alcançada por 1808, lançado em 2007, e este é o momento da expectativa pelo que acontecerá com o segundo livro de seu autor, o jornalista Laurentino Gomes, de 56 anos, nascido em Maringá (PR) e radicado paulista.

Se na primeira aventura literária ele mergulhava na história da vinda da corte portuguesa para o Brasil (no ano que dá título ao livro), no novo 1822 Laurentino estuda o processo que levou à declaração de independência, sob o protagonismo de Dom Pedro I, príncipe nascido em Portugal e futuro imperador do novo país.

Em palavras mais diretas: não foi um livro qualquer que convenceu 600 mil leitores a comprá-lo, e sim um livro de história do Brasil, sobre a corte portuguesa de Dom João VI, sobre temas que o senso comum considera chato, maçante, desinteressante. O autor tenta decifrar o fenômeno: “As pessoas não estão lendo história do Brasil apenas em busca de personagens pitorescos. Não, elas estão em busca de explicações para o Brasil de hoje”.

O que essas pessoas encontram em 1808 (e encontrarão em 1822) é um tratamento algo divergente daqueles a que nos acostumamos, excessivamente oficialesco nos livros escolares, e incomodamente jocoso em trabalhos de ficção como o filme Carlota Joaquina, Princesa do Brazil (1995), de Carla Camurati, ou a série global O Quinto dos Infernos (2002).

Ele não evita aspectos ridículos ou constrangedores contidos nos episódios históricos, mas tampouco teme enaltecer feitos relevantes de personalidades como Dom João VI, Dom Pedro I, Imperatriz Leopoldina ou José Bonifácio de Andrada e Silva. Empenha-se em despir seu país do que chama de “síndrome de viralatismo” e em construir um retrato nem só heroico, nem só vexatório. Oferece a seus leitores, assim, um Brasil menos maniqueísta que contraditório, mais próximo da vida cotidiana que da história abstrata. E se torna fenômeno pop num país que, de acordo com os clichês mais desgastados, não gosta nem um pouco de ler.

Laurentino, o autor, vive e trabalha na ampla e confortável casa instalada num condomínio fechado em Itu, chamado Vila Real – o nome condiz com sua antipatia por certa elite que não se reconhece no Brasil, batiza seus edifícios de Maison Versailles e assim se acredita francesa. Ali, recebeu a reportagem do iG para uma entrevista em que falou sobre os pais agricultores “semianalfabetos”, sobre os mais de 30 anos de militância no jornalismo, sobre rivalidades entre jornalistas e historiadores. E, claro, sobre a história de um país que, como ele indica no longo subtítulo de 1822, “tinha tudo para dar errado… e no entanto deu certo”. Leia também a segunda e terceira parte da conversa.

Pode contar sobre sua história anterior à fase de escritor?
Sou filho de agricultores da região de Maringá (PR). Meu pai era de família mineira, e a minha mãe, de família italiana. Essas duas famílias entraram no norte do Paraná quando essa região estava sendo desbravada pela Companhia Melhoramentos, de capital inglês. Nasci em Maringá, a cidade só tinha nove anos. Era uma família muito pobre, de pequenos agricultores, então morei na roça durante os primeiros dez anos, em Água Boa, uma cidadezinha a 20 quilômetros de Maringá. Era uma vida muito isolada, só o trem chegava lá uma vez por dia, não tinha jornal, televisão, rádio era novidade. Aos 10 anos, cumpri a tradição da minha família mineira: o filho mais velho tinha que ser padre. E lá fui eu para o seminário (risos). Vim para São Paulo, fiquei dois anos e meio num seminário interno dos Paulinos, que têm as Edições Paulinas. Realmente não era minha vocação, saí e voltei.

A família permitiu?
Sim, fui em 1966 e voltei em 1969. Meus pais eram semianalfabetos, minha mãe tinha primeiro ano primário e meu pai tinha quinto ano só, mas eles valorizaram muito a educação e a leitura. Queriam que os filhos fizessem faculdade, e por isso foram morar em Maringá. Lá fiz um pouco de tudo. Fui jardineiro, empacotador de supermercado, office-boy, cartorário, mecânico. Fiz curso de tornearia, eu e o Lula somos torneiros mecânicos (ri), a diferença é que tenho todos os dedos, e ele, não. E ele é presidente da república e eu sou um mero escritor. Em 1976 fui para Curitiba fazer jornalismo na Universidade Federal do Paraná. Aí começa a grande aventura da minha vida, que é o jornalismo. Foi realmente espetacular quando entrei numa redação pela primeira vez, num jornal que não existe mais, Correio de Notícias, como repórter de política. E era tão bom ser jornalista que achei que ganhar salário era exagero, não precisava (ri).

Mas ganhava um salário?
Ganhava, ganhava. Não era um grande salário, mas ganhava. Aí ocorreu uma grande transformação na minha vida. Quando era criança e jovem, eu era muito tímido. Quando chegava gente em casa, eu corria pra me esconder atrás da porta. Era um garoto de roça, de sítio, né? E no jornalismo não há espaço para timidez, você tem que entrevistar gente, fazer reportagem.

O menino tímido que vai fazer jornalismo está procurando se livrar da timidez?
Sim, está procurando confusão (ri). Trabalhei no Estado do Paraná, aí entrei na sucursal de Curitiba do Estado de São Paulo. Em 1984, entrei na editora Abril, fui trabalhar na Veja. Ali fiz um tour pelo Brasil, saí de Curitiba, fui trabalhar em Belém, cobrindo toda a região amazônica. Eu era um repórter cobrindo 57% do território brasileiro (risos). Foi uma grande aventura, era um período importantíssimo. Serra Pelada estava no auge, eu estava lá na época daquele formigueiro humano do Sebastião Salgado. Carajás estava sendo inaugurado. Chico Mendes estava em atividade no Acre. Rondônia tinha acabado de ser criada como estado. Em 1985, durante um ano, entrou 1 milhão de gaúchos, paranaenses e catarinenses em Rondônia. Depois fui para o Recife, cobri a eleição do Miguel Arraes. Aí fui para Brasília, sempre pela Veja, era a época da Constituinte. E finalmente cheguei a São Paulo, que é a cidade onde morei durante 20 anos. Tive quatro filhos, e eles foram nascendo país afora: dois em Curitiba, um em Belém e um em São Paulo. Em 1988 fui para o Estadão, trabalhei no Estadão e no Jornal da Tarde, como editor de política e geral. Em 1990 voltei para a Abril, para fazer as Vejinhas regionais, fiquei até 2001. Aí fui dirigir revista feminina, Cláudia, Elle, Nova, Manequim, Capricho, depois revistas populares, revistas masculinas, decoração e arquitetura. Fiz pós-graduação em administração na USP, para aprender a administrar empresa de comunicação.

Já pensava em se tornar autônomo?
Na verdade fui cuidar de uma unidade de negócios da Abril. Cuidava de circulação, marketing, publicidade. E então fui colhido pelo fenômeno 1808. Era um projeto que estava na minha gaveta, eu tinha começado a pesquisar o assunto em 1997, quando era editor-executivo da Veja, que tinha cancelado um projeto (de lançar especiais sobre história do Brasil que seriam distribuídos com a revista), como contei na abertura do livro. Chegou um momento que fiquei com muita preguiça de escrever o livro, quase que não escrevi 1808, mas quase mesmo. Mas estava chegando a comemoração dos 200 anos da corte portuguesa no Brasil, e eu criei coragem, terminei a pesquisa e publiquei o livro. E de repente esse livro começa a vender muito mais do que eu imaginava, muito. Não tinha nem a remota expectativa. Meu plano era vender 20 mil livros, mas planejei para mim mesmo, não contei para ninguém. Aliás, um amigo meu, quando soube que eu ia fazer um livro sobre Dom João VI, disse: “Ô, Laurentino, muda de assunto, ninguém quer ler sobre Dom João VI e história do Brasil”.

Foto: Divulgação

O autor na Casa do Grito, no Ipiranga

O que você pensava sobre isso?
Eu achava que ele tinha razão, Dom João VI não era assunto de best-seller. Tinha que ser livro de esoterismo, autoajuda. Mas ao mesmo tempo eu tinha confiança de ter feito uma reportagem bem-feita. Pesquisei ao longo de dez anos, li mais de cem livros. Trabalhei em jornal e revista por mais de 30 anos, então sabia o que é uma reportagem bem-feita e o que não é. E tinha ali um livro-reportagem no qual aplicava tudo que tinha aprendido como jornalista. Às vezes vejo pessoas fazerem mudanças muito bruscas de carreira, acho que nunca você tem que deixar totalmente para trás o que aprendeu antes. É diferente de ser jornalista e ir tocar uma pousada em Porto Seguro ou fabricar sabão, salsicha. Não, eu mudei de formato, mas o que sempre fiz é jornalismo, continuo fazendo em livro. Acho que tem no 1808 uma lição preciosa para nós, jornalistas: quando o leitor reconhece o jornalismo como uma coisa valiosa, que mexe na vida dele, a reação é poderosa. Foi o que aconteceu, o livro ganhou Prêmio Jabuti, prêmio da Academia Brasileira de Letras. E eu fui confrontado com uma decisão inadiável: ou eu ficava na minha carreira de executivo na Abril e abandonava o livro, ou largava tudo que tinha feito até então e ia cuidar do livro. E foi o que eu fiz. Um autor precisa trabalhar pelo seu livro, botar o pé na estrada, ir atrás dos leitores, ajudar a vender.

Quanto 1808 tinha vendido quando decidiu sair?
Já tinha vendido 200 mil exemplares, então não foi um salto no escuro. Vi como estava a curva de venda, calculei quanto faltava para pagar de escola até os filhos se formarem na faculdade. A casa já estava paga. É uma decisão que aos 22, 23 anos provavelmente eu não tomaria. Mas aos 52, já tendo feito uma carreira e o livro vendendo nesse ritmo, achei que dava para ir em frente. E, olha, foi a melhor decisão que tomei na minha vida. Desde então, tenho levado uma vida maravilhosa, viajando pelo Brasil, fora do Brasil, dando aula, dando palestra, tendo contato com os leitores, atualizando Twitter, Facebook e site na internet, pesquisando.

Livre das redações…
É, tem essa novidade. Agora, toda vez que entro numa reunião, sei exatamente por que estou nela. Antes nem sempre eu sabia (ri), diria que em metade das reuniões de que participava eu estava meio assim… Você tem que ter reunião de tecnologia, recursos humanos, marketing. Agora cuido da minha carreira, e principalmente tenho tempo para pesquisar. Essa é a grande diferença do 1822 para o 1808. Minha impressão é de que este livro está mais redondo. Com um sucesso inesperado, num primeiro momento você se surpreende, perde o sono, mas o que vier é lucro. O segundo livro, não, ele impõe uma responsabilidade muito grande. Como resolvi isso, para não perder o sono definitivamente? Me escudando numa pesquisa muito profunda. Durante três anos, aproveitei as viagens do 1808, pesquisei no Brasil, pesquisei em Portugal, li mais 70 livros além dos cem. Uma diferença em relação ao trabalho de um pesquisador acadêmico convencional é que não faço apenas pesquisa em biblioteca e documentos, eu faço reportagem. Ou seja, eu vou aos locais em que as coisas aconteceram. Embora os eventos tenham ocorrido há 200 anos, esses lugares contêm informações muito preciosas se você tiver um olhar atento ao que está ocorrendo ali. No capítulo sobre o grito do Ipiranga, por exemplo, faço uma descrição detalhada de como se encontra hoje o riacho do Ipiranga. É um riacho morto, não tem mais oxigênio, não tem peixe. A cidade matou o riacho do Ipiranga. É um olhar jornalístico, uma forma diferente de contar a história do Brasil, e de torná-la inclusive mais palatável para o leitor. O 1808 teve uma acolhida muito boa também em Portugal, vendeu 50 mil exemplares, proporcionalmente é como vender 1 milhão no Brasil, impressionante.

Fonte: Último Segundo

Mercosul quer definir integração em vários setores

Ministros da Indústria, do Comércio e do Turismo de Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai, se encontram em Brasília para definir ações

AGÊNCIA BRASIL
06/09/2010 | 10:14

Brasília - A estratégia de integração econômica do Brasil, da Argentina, do Paraguai e Uruguai é assunto de uma reunião conjunta dos ministros da Indústria, Comércio e Turismo dos quatro países.

Na próxima quinta-feira (9), em Brasília, eles debaterão o tema e finalizarão as propostas para por em prática uma série de ações. As informações são da agência oficial de notícias da Argentina, a Telam.

No seminário estarão presentes os ministros do Brasil, Miguel Jorge, da Argentina, Débora Adriana Giorgi, do Paraguai, Francisco Rivas Almada, e do Uruguai, Roberto Kreimerman. "Como nunca antes estamos trabalhando em uma agenda de integração produtiva no Mercosul genuína, que nos permitirá ficar juntos para competir em terceiros mercados", afirmou a ministra da Argentina.

Segundo Débora Giorgi, houve orientações de todos os presidentes dos países que integram o Mercosul para aprofundar os estudos e levar adiante a integração dos setores específicos. "No Brasil temos programado uma agenda específica em setores estratégicos para os países. Temos casos concretos de parceria entre empresas brasileiras e argentinas", disse ela.

Em seguida, a ministra acrescentou: "Também entre o Uruguai e Paraguai, descobrimos as oportunidades em setores como software, metalurgia, peças de automóveis ". Para Débora Giorgi, a integração é, sobretudo, um ato de complementaridade. "O progresso em um processo de integração vai além do comércio, para incluir infraestruturas, energia, social, complementaridade produtiva e ambiente de cuidado", disse.

Desde o ano passado, o Brasil e a Argentina atuam na integração de setores industriais, como laticínios, madeira e móveis, vinho, óleo e gás, entre outros. Segundo Débora Giorgi, os países estão desenvolvendo ferramentas para cofinanciamento dos processos de integração e de associação por intermédio do Banco Nacional e do Banco de Investimento e Comércio Exterior da Argentina e do Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES).

Para a Argentina e o Brasil, há áreas sensíveis que merecem atenção especial, são elas as áreas de óleo, petróleo, autopeças, máquinas agrícolas, além de madeira e móveis, eletrodomésticos (geladeiras, fogões e máquinas de lavar), vinho e laticínios.

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Fonte Revista Exame

Importações devem atingir maior marca em 30 anos

Nos cálculos da Fundação Centro de Estudos de Comércio Exterior (Funcex), as importações totais devem somar US$ 175 bilhões

06/09/2010 | 08:51

São Paulo - O volume de bens importados na economia brasileira deverá em 2010 atingir a maior marca em mais de 30 anos. Nos cálculos da Fundação Centro de Estudos de Comércio Exterior (Funcex), as importações totais devem somar US$ 175 bilhões. O recorde anterior ocorreu em 2008, quando as compras externas totalizaram US$ 173 bilhões. Em 2009, ainda sob o impacto da crise financeira internacional, as importações chegaram a US$ 127 bilhões.

De janeiro a agosto deste ano, os números são vigorosos. Nesse período, o Brasil importou US$ 114,423 bilhões, cifra 45,7% maior em relação aos mesmos meses do ano passado, segundo estatísticas do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC). No acumulado do ano, as importações já registraram recorde histórico para o período. "O crescimento nas importações foi generalizado", observa o economista chefe da Funcex, Fernando Ribeiro.

Por tipo de produto, as maiores taxas de crescimento das importações registradas no período foram nos combustíveis e lubrificantes, que tiveram um acréscimo de 64,2% na comparação com os oito meses do ano passado. Na sequência, estão os bens de consumo, cujas compras externas aumentaram 50,7% de janeiro a agosto na comparação com os meses de 2009. Já as importações de matérias-primas e produtos intermediários cresceram 43,7% no período na comparação anual. Os bens de capital (máquinas e equipamentos) registram um acréscimo de 36,4%. Um destaque da pauta de importações tem sido o desempenho dos veículos. Apesar de representarem 4,4% das compras externas, o total desembolsado com esse item aumentou 67,5% de janeiro a agosto. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Fonte:Revista Exame

Mercado eleva a 7,34% previsão de crescimento neste ano

06/09/2010 - 08h31

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DE SÃO PAULO

Atualizado às 08h42.

A projeção para o crescimento da economia brasileira neste ano subiu de 7,09% para 7,34%, segundo os economistas do mercado financeiro ouvidos pelo Banco Central.

Já para 2011, a estimativa ficou estável em 4,50%.

Esta foi a primeira revisão desde a divulgação, na sexta-feira, de que o PIB (Produto Interno Bruto, soma dos bens e serviços produzidos no país) superou as expectativas de analistas no segundo trimestre, ao crescer 1,2% sobre o início do ano.

O relatório mostrou ainda que o mercado manteve em 5,07% a expectativa para a inflação medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) deste ano. Para 2011, no entanto, a previsão caiu levemente a 4,85%, ante 4,87% na semana anterior.

A estimativa para a alta do IPCA nos próximos 12 meses alcançou 5,03%, frente a 4,99% no relatório anterior.

Para a cotação do dólar, a projeção da taxa de câmbio teve leve queda, de R$ 1,80 para R$ 1,79 no final deste ano. A expectativa para 2011 também mudou, foi de R$ 1,85 para R$ 1,83.

No caso do deficit em conta corrente do país, a estimativa agora é de US$ 50 bilhões, frente a US$ 49,96 bilhões na semana anterior. A estimativa para 2011 permaneceu sendo de saldo negativo de US$ 58 bilhões.

PIB

Depois de forte expansão no primeiro trimestre, a economia brasileira tirou o pé do acelerador e cresceu 1,2% no segundo trimestre, na comparação com os três meses imediatamente anteriores, de acordo com dados relativos ao PIB. No semestre, a alta foi de 8,9% ante o mesmo período do ano passado.

No primeiro trimestre, o PIB havia apresentado incremento de 2,7% em relação ao quarto trimestre de 2009. Em relação a igual período em 2009, a economia avançou 8,8%.

Ao todo, a economia movimentou R$ 900,7 bilhões no segundo trimestre. A alta no semestre, de 8,9%, foi maior para um semestre desde o início da série, em 1996.

O crescimento do PIB no segundo trimestre superou as estimativas do governo. Enquanto a alta ficou em 1,2% frente ao início do ano, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, havia afirmado que acreditava em uma alta entre 0,5% a 1%.


Editoria de Arte/Folhapress

Com a Reuters


Brasil amplia a fronteira marítima da área do pré-sal

06/09/2010 - 08h28

DE SÃO PAULO

O Brasil decidiu não esperar o aval da ONU (Organização das Nações Unidas) para expandir, além das 200 milhas náuticas, as fronteiras de sua soberania sobre recursos minerais como petróleo e gás no fundo do mar, informam José Ernesto Credendio e Claudio Angelo em reportagem na Folha desta segunda-feira (a íntegra está disponível para assinantes do UOL e do jornal).

A partir de uma resolução interministerial publicada na última sexta-feira, qualquer nação ou empresa que queira prospectar recursos minerais na Plataforma Continental Brasileira terá de pedir autorização ao governo.

A Folha apurou que a decisão foi tomada após consulta da Petrobras, que poderá ter até 50% do capital nas mãos da União assim que for concluído o processo de capitalização em curso.

Hoje, a União detém 39,8% da empresa.

A mudança incorpora 960 mil quilômetros quadrados, quase quatro vezes o Estado de São Paulo, à zona de soberania nacional, hoje de cerca de 3,5 milhões de quilômetros quadrados.

É uma área cobiçada em razão da possível existência de novas reservas de petróleo na área do pré-sal.

Leia a reportagem completa na Folha desta segunda-feira.


Editoria de Arte/Folhapress

Fonte: Folha de São Paulo

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